Dilma reafirma compromisso com integração continental

A mandatária expôs a posição do governo brasileiro em uma mensagem ao 34º período de sessões da Comissão Econômica da América Latina e Caribe (Cepal), que se reuniu desde a segunda-feira em El Salvador.

Não acreditamos que nosso desenvolvimento possa estar isolado do futuro de nossos vizinhos, devemos crescer juntos combatendo a desigualdade, sublinhou Dilma na carta lida pelo chanceler, Antonio Patriota.

Dilma explicou que a América Latina e o Caribe ainda têm um comércio intrarregional que não chega a 20 por cento do Produto Interno Bruto regional, enquanto que na Europa alcança 57 por cento e na Ásia, 40 por cento.

Há muito espaço para o crescimento do comércio intrarregional e para a cooperação econômica, social, cultural e política, sublinhou.

Dilma assinalou que, como expressou em 2010 o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o maior desafio e compromisso do Brasil com a região é implementar políticas de desenvolvimento para a grande maioria da população, ao contrário do que se fazia anteriormente.

Nesse mesmo sentido, Dilma afirmou que seu governo continua perseguindo essa meta.

Nenhuma forma de crescimento é moral nem economicamente desejável e sustentável sem uma correspondente melhoria nas condições de vida de nossas populações, afirmou.

Dilma assegurou que o Brasil realizou uma grande transformação econômica e social nos últimos anos e consolidou um modelo de desenvolvimento em que o enfrentamento à desigualdade se converteu na questão central.

A presidenta brasileira agregou que milhões de pessoas foram resgatadas da miséria e a nação trabalha para eliminar até 2014 as formas absolutas da pobreza.

Dilma comemorou que o desenvolvimento e a igualdade estão de volta à região.

Não podemos aceitar que ciclos externos adversos, as quebras do sistema financeiro internacional, façam retroceder nossos avanços, manifestou.

Desejo que a Cepal continue formulando um pensamento nosso, com raízes em nosso região, disse Dilma na mensagem.

A mandatária desejou que a Cepal mantenha sua contribuição efetiva para que os governos da América Latina e Caribe possam retirar milhões de pessoas da pobreza e da miséria construindo um futuro digno e sustentável que inclua todos os seres humanos, concluiu.

Prensa Latina