Colômbia: Organização pede trégua nos combates durante fim de ano
A Rede Nacional de Iniciativas Cidadãs pela Paz e contra a Guerra (Redepaz) pediu ao governo e às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (Farc-EP) uma trégua militar de 15 de dezembro a 15 de janeiro de 2013.
Publicado 30/10/2012 10:17
Em um comunicado difundido nesta segunda-feira (29) em Bogotá, Redepaz pediu ao presidente Juan Manuel Santos e ao secretariado da força guerrilheira, presidido por Timoleón Jiménez, um cessar-fogo ante a proximidade do Natal e no ano novo, "tendo como referente o início real da segunda etapa dos diálogos entre ambas as partes, que porá fim a tantos anos de confrontação armada".
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Redepaz fundamenta sua petição "ante a iminência das datas consideradas importantes para a maioria dos colombianos" e ante o clamor de milhões deles "que desejam avançar para a construção de uma sociedade em paz e com justiça social".
Também "como mostra de respeito e consideração ante as crenças religiosas e culturais e exemplo de confiança e desejo de avançar pelo caminho da reconciliação".
Consideramos, acrescenta, “que uma trégua deste tipo não deve ser interpretada como mostra de debilidade ou de vantagem militar, pois depois de meio século de violência política armada, 30 dias de trégua só demonstram grandeza e honra entre combatentes”.
“Por isso, achamos que esta proposta deve ser vista e aplicada como um exercício de amor e solidariedade com o povo colombiano”, sublinha o texto.
"Um povo que clama por pôr fim a tanto derramamento, a soçobra e o medo que produzem a morte de tanto inocente, a deslocação forçada, o estalido das bombas e a dor de sentir que algum ser querido se encontra combatendo ou no meio de combates, e por avançar para uma paz duradoura, que viveria desde já”, expressa.
Por esta razão, precisa o comunicado, “convidamos aos mandatários locais, governadores e prefeitos, a promoverem a construção dos conselhos de paz departamentais e municipais, como palcos de diálogo social frente aos pontos estabelecidos na agenda de negociação pactuada”.
“Por um Natal e um ano novo para o reencontro e o amor, caminhemos pelo fim do conflito armado e a paz integral”, conclui.
Fonte: Prensa Latina