Farc matam 6 em resposta a ação do governo

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) realizaram, nesta segunda-feira (30), uma emboscada a uma patrulha policial. O grupo matou seis e deixou outro policial ferido.

Policiais - Efe

O ataque aconteceu em uma zona rural no sudeste do país entre os povoados de Padilla e Villa Rica, no departamento de Cauca. Os uniformizados, um subtenente e sete patrulheiros, estavam em motocicletas e pertencem à Unidade de Intervenção e Reação da Direção de Passagem e Transporte (Unir).

A emboscada provocou o maior saldo de vítimas em mãos da guerrilha desde final de agosto, quando começaram os diálogos para a paz. O ato acontece poucas semanas antes do início da segunda fase das conversas entre o governo colombiano e as Farc, que acontecerão em Havana. O governador de Cauca, Temístocles Ortega, assinalou que as autoridades deslocaram à zona da emboscada membros do Exército e da Polícia para retomar o controle e localizar os guerrilheiros.

Horas antes da emboscada, a ONG Redepaz havia proposto ao presidente Juan Manuel Santos e às Farc que decretassem uma trégua de um mês como demonstração de confiança para avançar nos diálogos de paz.

ELN aceita negociar

O Exército de Libertação Nacional (ELN), segundo maior grupo guerrilheiro da Colômbia, confirmou que está disposto a declarar cessar fogo como condição prévia para estabelecer um diálogo com o governo ou se somar ao que as autoridades estão a ponto de iniciar com as Farc.

“Somos otimistas com a paz porque constatamos que hoje em dia milhões de compatriotas estão reivindicando e lutando decididamente para que esse direito contemplado na carta constitucional se converta em realidade”, diz nota distribuída pela insurgência.

Santos pessimista

Na semana passada, Santos atribuiu seu "moderado" otimismo quanto ao processo de paz empreendido com as Farc aos bem-sucedidos golpes que a polícia vem infligindo a esta guerrilha e às máfias do narcotráfico.

Nessa mesma linha, o ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón, assegurou que "desde o anúncio do processo de paz foram abatidos cerca de 50 guerrilheiros das Farc e outros 60 foram capturados, enquanto cerca de 30 se renderam e outros 60 se desmobilizaram".

O presidente Juan Manuel Santos prometeu castigar os guerrilheiros. “Estes crimes não ficarão impunes”, escreveu o presidente em sua conta no Twitter.

Com informações do Pagina/12