Obama retoma negociações para impedir abismo fiscal
O presidente Barack Obama retomará nesta quarta (21) as negociações com o Congresso dos Estados Unidos para atingir um pacto sobre o chamado abismo fiscal, depois de regressar de uma turnê por três países da Ásia.
Publicado 21/11/2012 12:32
Ao retornar desta primeira viagem ao exterior (Tailândia, Myanmar e Camboja) após sua reeleição, no dia 6 de novembro, Obama se encontra diante das mesmas posições entre democratas e republicanos.
Uma sondagem do jornal USA Today e a companhia Gallup revelou que quase 80 por cento dos interrogados considera como "extremamente transcendental ou muito importante" que os legisladores republicanos, independentes e democratas cheguem a um acordo.
A líder da minoria democrata na Câmera de Representantes, Nancy Pelosi, reiterou no domingo que só apoiará um acordo para impedir o abismo fiscal se aumentarem os impostos para os mais ricos, mas os republicanos são contra esta ideia.
Durante uma entrevista ao programa This Week da rede ABC, a legisladora respondeu com um terminante "não" à pergunta de que estaria disposta a aceitar o não incremento das taxas impositivas aos abastados. Insistiu que o presidente Obama tem sido claro em que "as pessoas de maiores rendimentos têm que pagar sua parte justa".
O tema é o que ocasiona as maiores fricções entre ambos os grupos. Obama reuniu-se na sexta-feira com os líderes do Congresso com a intenção de achar uma saída para o problema.
Também está em jogo outra complexa negociação sobre finanças federais: o teto da dívida, que já paralisou o Congresso em meados de 2011. Este assunto ameaça agora regressar e coincidir com as complicadas discussões que tentam evitar o abismo fiscal, considera, no site CNN Money, a analista Jeanne Said.
De igual forma, tanto uns como outros terão que conseguir cedo um acordo e voltar a subir o topo da dívida, que se encontra em 16,39 trilhões de dólares.
Conseguir um pacto no Congresso seria o palco mais adequado para evitar que o país caia no precipício fiscal, porque caso contrário se combinariam drásticos informes de despesa pública e o fim de determinadas isenções de impostos no dia 1 de janeiro de 2013. E para os Estados Unidos seria voltar ao caminho da recessão, segundo pressagiam muitos especialistas.
Fonte: Prensa Latina