Bolívia triunfa em defesa das tradições indígenas 

O prazo estabelecido para que os países assinantes do texto se posicionassem contra a proposta do país sul-americano na ONU termina nesta sexta. 

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Até o momento, só foram recebidas 15 rejeições à iniciativa boliviana, das 62 necessárias para bloquear a emenda que responde aos costumes das comunidades indígenas andinas. Segundo parece refletir o programa diário de atividades da ONU para esta sexta-feira, o México e o Japão foram os últimos opositores à iniciativa de La Paz.

Eles se somaram aos Estados Unidos, Rússia, Canadá, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Holanda, Suécia, Finlândia, Portugal, Israel e Irlanda.

Em seu esforço para defender o chamado "acullico" (mascado), o governo boliviano se retirou da convenção em 2011, para solicitar de novo sua admissão um ano mais tarde, mas com uma emenda a dois incisos do artigo 49 da norma, que data de 1961.

A antiga tradição do "acullico" também se pratica nos povos indígenas do Peru, Equador, Colômbia, Chile e Bolívia há mais de cinco mil anos.

Em seu intenso esforço para conseguir entrar novamente à convenção com a introdução dessas mudanças, a Bolívia contou com o apoio da União de Nações Sul-americanas (Unasul), a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) e do Mercado Comum do Sul (Mercosul). 

Também teve apoio do Fórum Permanente de Assuntos Indígenas das Nações Unidas, que reafirmou em sua mais recente reunião o direito das populações autonomas ao mascado da folha de coca como uma prática cultural e de saúde.

Fonte: Prensa Latina