Farc pedem vistoria em prisões e garantem: situação é desumana

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) solicitaram, nesta sexta-feira (8), que o governo do presidente Juan Manuel Santos permitam uma supervisão pública nos centros de detenção e nas penitenciárias do país e garantiram que a “situação é desumana”. De acordo com a insurgência, mais da metade das prisões está superlotada.

De Havana, Cuba, onde são realizados os diálogos de paz entre a guerrilha e o governo colombiano, as Farc asseguraram que “nos centros de detenção e nas penitenciárias do país a superlotação é de mais de 58%”.

O insurgente Seuxis Paucias Hernández Solarte, conhecido como “Jesús Santrich”, denunciou a situação que qualificou como “extrema e chega a níveis de mortes”.

Santrich disse que nos centros carcerários, não só os prisioneiros políticos e de guerra só são torturados, como também os presos sociais. Acrescentou que “existe uma violação sistemática, consciente, premeditada dos direitos humanos por parte do governo”.

Ao retomar as conversas, após 24 horas de recesso, as Farc voltaram a pedir a incorporação de Simón Trinidad nas negociações, porque consideram que “constitui uma necessidade imperiosa para que se avance para o porto seguro de um acordo de paz”.

O guerrilheiro denunciou ainda que Trinidad — extraditado para os Estados Unidos onde cumpre uma condenação de 60 anos — e está em condições desumanas de reclusão.

Com TeleSUR