Colômbia propõe soluções para acabar com greve dos cafeicultores
Após uma reunião entre parlamentares de zonas cafeeiras e ministros, a comissão de acompanhamento para a crise deste setor propôs destinar um ponto do imposto dos encargos financeiros, para amenizar a situação extrema dos cafeicultores.
Publicado 28/02/2013 19:31

Também foi proposto circular com mais rapidez os 350 milhões de pesos colombianos, previstos para a agricultura, o amparo da polêmica reforma tributária e outorgar prioridade aos produtores do grão.
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Por sua vez, o presidente da Câmara de Representantes, Augusto Posada, pediu para o Ministro da Fazenda flexibilizar suas posições e sentar-se para discutir diretamente com os cafeicultores e não com a Federação, na qual não se sentem representados.
O presidente do Senado, Roy Barreras, sustentou nesta quinta-feira (28) que este ente governamental "nunca esteve nem estará alheio a problemática cafeeira". Os grevistas manifestaram que tiveram que recorrer para as atuais mobilizações e marchas o Estado atender suas demandas.
O senador Juan Carlos Vélez culpou o governo pela greve, por não atender às solicitações dos produtores do grão e não dar uma resposta a tempo e de modo oportuno.
Em declarações recentes para a revista Semana, o representante na Câmara pelo Partido Polo Democrático, Jorge Robledo, lembrou como integrantes do Movimento da Dignidade Cafeeira lotaram a Praça Bolívar, em agosto de 2012, com 30 mil pessoas pedindo assistência das instâncias estatais para seus pedidos.
Dois meses depois realizaram jornadas de protesto em distintas regiões do país e enviaram uma carta para o presidente Juan Manuel Santos, sem receber resposta alguma. Em novembro, acrescentou, viajaram para Bogotá e defenderam suas exigências na Federação Nacional de Cafeicultores, que não os escutou.
Nesta ocasião, o governo – disse Robledo – só disse que se reuniria com eles um dia antes de começar a greve, “com o claro propósito de sabotá-lo” e sua primeira reação diante dos protestos atuais foi reprimir ferozmente.
Fonte: Prensa Latina