Campanha para combater racismo na origem

A secretária-adjunta da Secretaria de Estado da Mulher, Valesca Leão, participou, na tarde de quinta feira, do lançamento da “Por uma infância sem racismo”, promovida pelas Secretarias da Criança (SeCriança) e de Promoção da Igualdade Racial do Governo do Distrito Federal (Sepir), em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

A meta da campanha é combater o racismo na sua origem, desde a infância. Uma ampla ação conjunta será realizada com o objetivo de conscientizar a população da capital do país dos efeitos negativos que o racismo pode causar na infância. O evento foi realizado na Faculdade de Educação da UnB.

Para Valesca Leão, o combate ao racismo deve ser uma política pública de Estado. “A sutileza como o racismo se manifesta, principalmente se considerarmos que no Brasil ninguém admite seu preconceito racial, é abominável. As mulheres, mesmo quando crianças, sofrem duplo preconceito: por serem mulheres e por serem negras. Logo, nosso papel configura-se em reverter valores que, historicamente, negligenciaram os negros”, admite a secretária-adjunta.

Abertura

O grupo de percussão Obará fez a abertura do evento com tambores e muita música, animando os presentes. Em seguida a Orquesta Plena Harmonia composta por internos, egressos e pedagogos na Unidade de Internação do Plano Piloto (UIPP) tocou o Hino Nacional. O subsecretário de Ações Afirmativas da Sepir-DF, Moredison Cordeiro, apresentou dados atuais de estudos realizados pela Codeplan que comprovam a desvantagem de crianças negras, indígenas ou quilombolas, em relação às crianças brancas na capital da república. Duas crianças negras leram as metas para se buscar a superação do racismo, o que causou comoção entre os presentes. O Secretário de Promoção e Igualdad e Racial do DF, Veridiano Custódio de Brito ressaltou que o lançamento da campanha vai agir no enfrentamento das diversas situações de vulnerabilidade dos negros.

Campanha

A campanha conta com várias peças e tem a participação do ator e embaixador do UNICEF no Brasil, Lázaro Ramos, que gravou um filme em que o texto demonstra a situação das crianças negras e indígenas no Brasil. O filme tem uma versão de 27 segundos para ser veiculado nos canais de televisão que apoiam a campanha. Além disso, como parte da campanha, será disseminado um folheto institucional que propõe “Dez maneiras de contribuir para uma infância sem racismo”, com orientações sobre como identificar, evitar e combater atitudes e ações discriminatórias. Todo material pode ser encontrado na página: http://www.crianca.df.gov.br/component/content/article/323.html