SINPERF pede apoio de Assis para aposentadoria de agentes

O tempo de trabalho para aposentadorias das mulheres policiais federais e civis pautou audiência do deputado federal Assis Melo (PCdoB-RS) com o Sindicato dos Policiais Federais do rio Grande do Sul (SinpefRS) e trabalhadores.

 “Hoje, as policiais mulheres precisam ter 30 anos de contribuição previdenciária, mesmo tempo que os policiais homens para se aposentar. As policiais federais e da Polícia Civil são as únicas categorias de trabalhadores que tem regime diferenciado no momento de encaminhar a aposentadoria”, reforçou Ubiratan Antunes Sanderson, vice-presidente do SinpefRS, que estava acompanhado do agente da Polícia Federal e representante sindical em Caxias Luciano Portela, da escrivã Arlete Simon e da agente da PF Marilea Palma. O encontro ocorreu na segunda-feira no escritório político do parlamentar em Caxias.

Os trabalhadores da segurança pública vieram pedir o apoio do deputado em torno da aprovação de Projeto de Lei Complementar (PLC 330/2006), de autoria de Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS) que trata desta questão e foi apensado ao PL 554/2011 do Executivo. O sindicato está pedindo redução de cinco anos para as mulheres policiais, conforme estabelece a legislação para outras categorias profissionais. Outra reivindicação da categoria é de que a mulher comprove 15 de exercício da atividade policial quando for requerer a aposentadoria. Atualmente, segundo Sandserson, os projetos de lei estabelece o mesmo tempo: 20 anos para homens e mulheres de atividade funcional como policial.

Assis se comprometeu em analisar a tramitação dos projetos, que estão na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP), da qual é membro titular, para tentar articular possíveis alterações no parecer do relator Roberto Policarpo Fagundes (PT-DF).

“O momento nosso é a gente quem tem de fazer, nos organizando, para fazer a luta em Brasília, onde dependemos do apoio de outros parlamentares e convencer o próprio governo da necessidade de mudanças ampliem e restituam direitos perdidos pelos trabalhadores na era do ex-presidente FHC (Fernando Henrique Cardoso, do PSDB)”, ponderou Assis.

Sanderson complemetnou:

“A época FHC praticamente acabou com os sindicatos, que ficaram juntando os cacos para se reerguerem como entidade de classe. O ideal seria conseguir aprovar a proposta original do PLC, porque o efetivo dos servidores federais é menos de 1%. No Brasil, temos cerca de 14 mil policiais federais. Apenas pouco mais de dois mil são mulheres.”

A tripla jornada de trabalho da mulher, que, além, de trabalhar fora, tem de se desdobrar para vencer as tarefas de dona de casa e de mãe ganharam destaque, tanto nas manifestações do deputado Assis, quanto das trabalhadoras e sindicalistas presentes na audiência.

Fonte: Assessoria dep Assis Melo