Exposição em Damasco mostra como terrorismo destruiu mesquitas

Uma exposição fotográfica em Damasco mostra os estragos e tragédias de uma guerra que destruiu até lugares de culto, demonstrando que a arte sempre será um veículo capaz de despertar consciências e fazer denúncias.

'Minaretes e sinos no ritmo da dor' é o nome da mostra que desde domingo (14) pode ser apreciada nos edifícios do Ministério de Informação e sede além do jornal Al-Baaz, no bairro de Mazzeh em Damasco.

Organizada pelo Instituto de Jornalismo DamPress, a iniciativa reúne imagens realizadas durante os últimos seis meses, refletindo a destruição de mesquitas, igrejas e lugares sagrados na Síria devido a sabotagens de bandos armados que pretendem derrubar o governo do presidente Bashar al-Assad.

Durante a inauguração da exposição ontem, o ministro de Informação, Omran Zoughbi, declarou que esse registro é um assunto crucial, dada a grande tergiversação e distorsão da realidade por parte de alguns empórios midiáticos regional e globalmente.

O titular da pasta fez um chamado aos meios de comunicação para trazer à luz iniciativas como esta, que, em sua opinião, são métodos diferentes e inovadores para denunciar os crimes que estão acontecendo no país árabe.

Considerou igualmente que isso permitirá demonstrar à opinião pública que o país está sofrendo uma guerra sistemática e de destruição.

A seguir foi projetado um documentário que mostra alguns dos atentados cometidos por grupos terroristas nestes dois anos de conflito, assim como o fato de meios de imprensa terem instigado espectadores a cometerem atos extremistas.

Ontem, o governo da cidade síria de Deraá responsabilizou o Frente Al-Nusra, filial da rede Al-Qaida, pelo recente atentado terrorista contra a mesquita Omari, uma das mais antigas no mundo islâmico.

Em declarações à agência de notícias SANA, "uma fonte responsável", como indicou, assegurou que membros dessa organização terrorista atentaram há dias contra a emblemática mesquita e explodiram seu minarete.

A fonte lembrou dos contínuos ataques terroristas contra as mesquitas de Deraá, como a mesquita de Abou Baker Assadik, onde foi detonado um carro bomba meses atrás que causou severos danos em toda sua estrutura.

Os que atentaram contra a mesquita Abou Baker Assadik são os mesmos que demoliram o minarete da mesquita Omari, pois estes extremistas recebem fatwas – ordens islâmicas – dos xeques do terrorismo, que estão chamando a destruir recintos religiosos, atitude inaceitável no Islã, criticou.

Fonte: Prensa Latina