1ª Plenária de Gênero e Raça da CTB acontece na Bahia

A Bahia foi escolhida para sediar a 1ª Plenária de Gênero e Raça da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), que acontece nesta sexta-feira (19/4) e no sábado (20), no Hotel Sol Barra, no bairro da Barra, em Salvador. O tema do primeiro encontro é “Construindo a igualdade na diversidade” e tem por objetivo inserir o combate à discriminação na pauta de lutas do movimento sindical.

As discussões da primeira plenária serão levadas para o 3º Congresso Nacional da CTB, que acontece em agosto, na tentativa de aprovar um plano de lutas da entidade que garanta um combate efetivo de discriminações, principalmente relacionadas a gênero e raça.

À frente do evento, estão três das secretarias nacionais da Central: a da Mulher Trabalhadora, a da Igualdade Racial e a de Políticas Sociais, que desenvolvem um trabalho conjunto. Para a secretária nacional de Mulheres, Raimunda Gomes (Doquinha), a união das três pastas é fundamental para o debate.

“Promover plenárias individuais para cada grupo discriminado, como de mulheres, negros, gays, termina por fragmentar as discussões. A partir de uma assembleia, decidimos juntar as três secretarias porque há uma transversalidade de gênero e raça, e o que queremos é uma política unificada”, defende Raimunda.

Sobre a participação da secretaria de Políticas Sociais na organização da plenária, o secretário nacional, Rogério Nunes, defende: “É pela política social, pelas políticas públicas, que se dá início ao combate das mais diversas formas de discriminação”.

Atividades

No primeiro dia do encontro, que começou à tarde, os trabalhadores receberam a deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA) e debateram as intenções e os projetos do Congresso Nacional e do Governo Federal para o enfrentamento do racismo e das violências contra a mulher. Raimunda Gomes avaliou como positivo o início dos trabalhos.

“Nesse primeiro momento, já é possível notar que existe o desejo de tratar da questão e acredito que trouxemos na hora certa. O movimento sindical precisa se ater mais à luta pela discriminação, principalmente aos negros, negras e mulheres, e incorporar essa pauta na luta geral do movimento”, destaca.

Ainda na sexta, acontece o lançamento da revista Mulher de Classe. Para o sábado, estão previstas a discussão entre os trabalhadores da tese que comporá o plano de lutas e a presença de Eunice Léa, representante da Secretaria Nacional de Política de Promoção da Igualdade Racial.

De Salvador,
Erikson Wall