Presidente egípcio muda de postura sobre a Síria
O governo egípcio modificou sua postura pela renúncia do presidente sírio, Bashar al-Assad e defende a abertura de negociações entre as autoridades da Síria e os grupos oposicionistas, afirmou nesta segunda-feira (22) um porta-voz do governo na cidade do Cairo.
Publicado 22/04/2013 18:47
A proposta foi apresentada pela delegação egípcia em uma reunião ministerial entre dois países que apoiam os bandos armados que há dois anos procuram derrubar pela força o presidente sírio, de acordo com uma postagem do Ministério do Interior do Egito no Facebook.
No último fim de semana, o presidente egípcio, Mohamed Morsi, propôs a ampliação do comitê quadripartite formado em setembro do ano passado em Teerã durante a cúpula dos países do Movimento de Não Alinhados, depois de uma visita à Rússia, durante a qual reuniu-se com o presidente Vladímir Pútin.
A adoção da nova postura foi explicada pelo chanceler egípcio, Mohamed Kamal Amr, pela "necessidade de chegar a uma solução política para a crise síria que garanta a preservação da unidade do povo daquele país".
Também neste domingo, o presidente do autodenominado Conselho Nacional Sírio (CNS), Moaz al-Khatib, ratificou sua renúncia em uma mensagem de correio eletrônico, anunciou um porta-voz da organização, Marwan Hajjo.
A saída de Al-Khatib estava em suspenso desde o fim de março passado durante a Cúpula Extraordinária da Liga Árabe em Doha, capital do Catar, na qual os países membros concordaram em conceder ao CNS o lugar da representação síria na organização.
Nessa reunião, Al-Khatib relegou a um segundo plano silencioso o primeiro ministro Ghassan Hitto, cuja eleição causou um racha na organização e esclareceu que mantinha sua renúncia ao cargo dentro do CNS.
Fonte: Prensa Latina