Cuba demanda na ONU mais apoio à África

Cuba criticou na última sexta-feira (26) nas Nações Unidas a falta de compromisso e vontade política necessários para enfrentar os graves e urgentes problemas, econômicos e sociais que afetam a África.

Apesar de que 60 por cento das atividades de paz e segurança da ONU envolvam Estados africanos, o organismo mundial não tem cumprido o papel que lhe corresponde para ajudar e proteger milhões de pessoas necessitadas nesse continente, sublinhou.

Ao falar em uma sessão da Assembleia Geral dedicada ao tema da solução pacífica de conflitos na África, a diplomata cubana Yadira Ledesma disse que essa falta de vontade se manifesta de maneira particular nos países mais poderosos.

Disse que essa região do mundo é um dos exemplos mais claros das nefastas consequências do colonialismo e do neocolonialismo, da injusta e excludente ordem internacional atual, do intervencionismo e do comércio desigual.

A diplomata cubana também pontuou a necessidade de solidariedade, cooperação e assistência internacional com a África para prevenir os conflitos, eliminar a pobreza, o desemprego, a fome, as desigualdades e as causas que os geram.

A representante cubana advertiu que em matéria de solução de conflitos e quando se trata dessa região, a ONU quase sempre centra sua atenção nas chamadas questões de segurança e minimiza os problemas econômicos e sociais.

Ledesma realçou os laços especiais que unem Cuba com os povos africanos e ratificou que a colaboração há mais de 50 anos de seu país com os africanos constitui uma prioridade na política exterior da Revolução Cubana.

A respeito, explicou que mais de 381 mil combatentes cubanos lutaram de maneira desinteressada durante quase três décadas pela defesa da integridade, a soberania de países irmãos africanos e a derrota do apartheid.

Por outro lado, cerca de 40 mil jovens africanos se graduaram em instituições da ilha caribenha e mais de 300 mil profissionais cubanos trabalharam na África em diferentes setores.

Neste momento, cerca 5.500 colaboradores de Cuba trabalham na África, deles mais de três mil no setor da saúde, ao mesmo tempo em que a colaboração médica atinge 35 dos 54 países africanos, acrescentou.

Prensa Latina