Correa convoca embaixador no Egito para esclarecer violência

O presidente do Equador, Rafael Correa, convocou nesta quinta-feira (15) o embaixador equatoriano no Egito, Edwin Johnson López, para prestar esclarecimentos sobre a onda de violência que atingiu o país, matando mais de 500 pessoas em dois dias. Em nota oficial, Quito rechaçou a violência e apelou para o "comprometimento com os valores democráticos".

Corpos estendidos no chão foram a marca do massacre de ontem/ Foto: Efe

O governo do Equador ressaltou que o Egito está ameaçado de romper com a democracia, depois de viver eleições democráticas em junho de 2012. Para as autoridades equatorianas, a destituição do poder do presidente Mouhamed Mursi, em 3 de julho, transgrediu a ordem democrática.

A Irmandade Muçulmana chamou nesta quinta-feira (15) novos protestos contra o governo interino do Egito, um dia após o massacre durante a retirada de dois acampamentos da entidade no Cairo. Segundo o Ministério da Saúde, pelo menos 525 pessoas morreram e outras 3.717 ficaram feridas, mas o número de vítimas não para de aumentar.

O massacre aconteceu no mesmo dia em que ordenou a destruição dos acampamentos dos partidários do presidente deposto, Mohamed Mursi. O governo do Egito anunciou nesta quarta (14) que o país passará um mês sob estado de emergência. A medida entrou em vigor nesta quinta (15) às 11h de Brasília.

Segundo um comunicado do governo, pronunciado na TV estatal, a decisão foi adotada devido ao "perigo" que ameaça "a segurança e a ordem nos territórios do país". O presidente Adly Mansour, encarregou as forças armadas, com a ajuda da polícia, de adotar as "medidas necessárias" perante a situação.

Fonte: Opera Mundi