Governo e Partido Comunista de Cuba manifestam apoio a Maduro
Durante um ato de solidariedade com a Venezuela, na sede do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (Icap), em Havana, o secretário de Relações Internacionais do Partido Comunista de Cuba, José Ramón Balanguer, afirmou aos jornalistas que o “império” (se referindo aos EUA) tenta destruir a revolução venezuelana.
Publicado 19/02/2014 11:23

“É o império tratando de destruir a revolução bolivariana e a integração latino-americana”, declarou Balaguer ao comentar a situação da Venezuela, que é o principal aliado econômico e político de Cuba.
Cuba e Venezuela mantêm uma estreita aliança política e econômica desde 2000, quando os ex-presidentes Fidel Castro e Hugo Chávez firmaram vários acordos de cooperação. A pesar disso, o secretario disse que “não tem a menor preocupação” com um possível impacto econômico negativo causado pela conjuntura venezuelana.
Um dos convênios mais importantes é no campo energético. A ilha caribenha recebe 100 mil barris diários de petróleo e devolve à Venezuela ajudas nas áreas de saúde educação, esporte e assessoria em planos sociais.
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Para Balaguer, o importante é ter solidariedade com o país irmão de Cuba. “A integração latino-americana se converte em uma realidade que não vamos deixar cair”, afirmou.
Durante o ato, o diretor de América Latina e Caribe do Icap chamou “todas as forças progressistas” a levantar “uma muralha de solidariedade” com o governo de Nicolás Maduro.
Apoio cubano a Nicolás Maduro
Na semana passada, o Ministério de Relações Exteriores de Cuba divulgou uma declaração condenando o que chamou de “tentativas de golpe de Estado” contra o governo constitucional da República Bolivariana da Venezuela.
Leia abaixo a íntegra do documento, publicado no jornal Granma:
O governo cubano expressa pleno apoio à Revolução Bolivariana e Chavista e convoca a despregar a mais ampla solidariedade internacional com a convicção de que o povo venezuelano saberá defender suas irreversíveis conquistas, o legado do presidente Hugo Chávez Frias e o governo que elegeu livre e soberanamente, liderado pelo presidente Maduro.
É preciso lembrar que os fatos ocorridos ontem, enquanto a juventude e a nação venezuelanas comemoravam o bicentenário da heróica batalha de La Victoria, são semelhantes aos ocorridos em 11 de abril de 2002, que naquele momento foram amplificados por governos cúmplices e meios da oligarquia transnacionais, como parte do golpe, depois derrotado devido à mobilização popular com o retorno vitorioso de Chávez.
Cuba reafirma, ainda, seu respaldo incondicional aos esforçados e visíveis esforços do presidente Maduro e da direção político-militar da revolução bolivariana, no sentido de preservar a paz, integrar todos os setores do país e impulsionar o desenvolvimento socioeconômico dessa fraterna nação.
Havana, 14 de fevereiro de 2014.
Com informações do jornal Granma e do espanhol El Diário