Com grande abstenção, eleições na Colômbia favorecem Santos

O Partido Social de Unidade Nacional, de centro-direita e encabeçado pelo presidente Juan Manuel Santos, venceu as eleições legislativas após conseguir 27 assentos no Senado e 37 na Câmara dos Representantes. No início da manhã desta segunda-feira (10), mais de 98% dos votos já tinham sido contabilizados, de acordo com o portal de notícias Prensa Latina. Entretanto, a abstenção foi significativa.

Juan Manuel Santos

Com mais de 2,23 milhões de votos (15,58%), o partido de Santos dominou as votações ao agregar a seu favor a coalizão da Unidade Nacional, conformada também pelo Partido Liberal e Mudança Radical, e assim elevou a sua representação a 47 postos, entre 102 disponíveis.

O braço político liderado pelo partido neoliberal de Santos foi seguido de perto por outra expressão direitista, o Movimento Centro Democrático, fundado em janeiro de 2013 pelo ex-presidente Alvaro Uribe (2002 – 2010), que retornou ao cenário político como senador, ocupando uma das 19 cadeiras conseguidas por seu partido no Senado.

Analistas consideram que a entrada do ex-presidente no Congresso será “uma pedra no caminho” para o atual proceso de paz entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP), que viveu um período de intensos combates e de uma política destrutiva desempenhada pelo governo Uribe. O ex-presidente rechaçou sistematicamente o diálogo e a diplomacia.

O partido Conservador, por sua vez, logrou a mesma quantidade de assentos que o partido de Uribe, seguido pelo Partido Liberal (17) e o da Mudança Radical (9). Os restantes cinco lugares ficaram com a Aliança Verde, o Polo Democrático Alternativo e a Opção Cidadã.

O Partido Liberal ficou com o primeiro lugar na Câmara dos Representantes, angariando 39 assentos, com mais de 2,22 milhões de votos. O novo Congresso, que conta com 268 membros, será inaugurado em 20 de julho e contará com 21 mulheres no Senado.

As eleições estiveram marcadas por mais de 700 delitos e irregularidades, algumas alterações na ordem pública e uma abstenção de mais de 70%.

Com 32,836 milhões de colombianos habilitados para votar, apenas 14,310 milhões de sufrárgios foram validados e mais de 1,45 milhão de cédulas haviam sido anuladas.

Com informações da Prensa Latina,
Tradução da Redação do Vermelho