Publicado 22/04/2014 09:49 | Editado 04/03/2020 16:27
A cáustica campanha de inspiração político-partidária que desvirtua a Copa para minar o governo tenta mas não consegue tapar o sol com a peneira. A Copa é boa para o Brasil, entusiasma o mundo, gera negócios e constrói legado de benefícios. Parodiando Capiba, a Copa é madeira que cupim não rói – não o cupim ideológico atiçado para prejudicar um megaevento esportivo disputado pelos países desenvolvidos. Se aqui não é tratado por alguns com a dimensão colossal que encerra é porque adversários do governo torcem contra a bola para terem sucesso na urna.
Na parte que lhe toca, o Governo não esconde nem disfarça problemas pertinentes a empreitada. Nem poderia sequer tentar fazê-lo, pois a Copa e obras associadas a ela, que não se esgotam no período do torneio, têm sido escrutinadas com lentes de aumento que exageram os problemas. As previsões são sempre catastróficas. Chegou-se a dizer que o Maracanã só ficaria pronto em 2038, mas o estádio foi reinaugurado 25 anos antes do prazo surrealista, e deslumbrou o mundo na Copa das Confederações. O sucesso desse torneio, realizado em seis das doze cidades-sedes, demonstrou que se as coisas não saem perfeitas muito menos configuram o desastre apregoado pelos fracassomaníacos. Aos que dizem que o Mundial da Fifa trará prejuízos, estudo da Fipe acaba de revelar que a Copa das Confederações gerou movimento de R$ 20,7 bilhões na economia.
As consultorias Ernst&Young e FG V calculam que entre 2010 e 2014 serão movimentados R$ 142,39 bi adicionais na economia nacional. Para cada real aplicado pelo setor público, R$ 3,4 serão investidos pela iniciativa privada. Deverão ser gerados 3,6 milhões de empregos. A arrecadação de impostos atingirá R$ 11 bi e a população vai auferir renda adicional de R$ 63,48 bi apenas nesse quadriênio. Segundo prospecção da consultoria Value Partners, investimentos vão agregar R$ 183,2 bi ao PIB até 2019, período que inclui os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016.
Um turbilhão de fatores em curso mostra que a Copa é fator de progresso e bem-estar – em todos os campos, inclusive na possibilidade de ganharmos o hexa por jogar em casa. Mas esta é a cartada final dos marqueteiros do fracasso: torcer pela derrota da Seleção brasileira em pleno Maracanã – de preferência contra a Argentina.
*Aldo Rebelo é Ministro do Esporte
Fonte: O Povo