Cimeira Ibero-Americana em busca de renovação

A 24ª Cimeira Ibero-Americana, a ser realizada na próxima semana em Veracruz, deve constatar a marcha das prioridades e do processo de renovação da cooperação acordados na reunião presidencial do ano passado no Panamá.

América Latina

Aquele encontro marcou o início de uma série de transformações do esquema tradicional deste tipo de foro, entre eles a passagem da frequência anual das reuniões ao máximo nível a uma sequência bienal.

Não obstante, sublinhou a prioridade dos temas da agenda política que sejam de interesse comum e dispôs a concentração das atividades do mecanismo em torno das chamadas grandes áreas de ação: Conhecimento, Cultura, Coesão social, Economia e Inovação.

No Panamá foi aprovada uma resolução sobre a Renovação da Conferência Ibero-Americana dirigida a racionalizar e alinhar essa colaboração às estratégias de desenvolvimento nacional, as prioridades e os desafios da região e vincular com outros espaços regionais e atores no cenário internacional.

Também se decidiu que a partir do encontro de Veracruz deve ser adotado um documento conciso e operacional que inclua medidas concretas e mensuráveis e deixou aberta a possibilidade de que os dignatários acordem um comunicado político com os resultados do denominado Foro de Reflexão dos presidentes.

Para o reajuste impulsionado desde o ano passado, os Chefes de Estado reconheceram as mudanças ocorridas no sistema internacional desde a Primeira Cimeira de Guadalajara (1991) e as transformações verificadas nos países da região.

A esse respeito, sublinharam os progressos registrados nos níveis de desenvolvimento e a relativa redução da pobreza, sem ignorar a persistência de brechas que se manifestam de maneira diferenciada.

Nessa linha, ainda que sem mencioná-los, a reunião do Panamá destacou "outros modelos de cooperação, solidários e horizontais, como a cooperação Sul-Sul e triangular", os quais têm enriquecido os esquemas e modalidades de cooperação tradicional.

"Por isso, e há mais de 20 anos decorridos desde a criação do espaço ibero-americano, deve proceder-se a uma atualização da cooperação ibero-americana, realizando um reconhecimento daqueles programas e projetos cujo impacto tem sido visível e reconhecido ao longo dos anos", pontuaram os presidentes.

O encontro de Veracruz constituirá a primeira reunião de cúpula com a participação do atual rei da Espanha, Felipe VI, e da nova secretária-geral ibero-americana, a costa-riquenha Rebeca Grynspan.

Os países membros do mecanismo são Andorra, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Espanha, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Peru, Paraguai, Portugal, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.

Fonte: Prensa Latina