Honduras: Unesco condena assassinato de jornalista e pede investigação

A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Irina Bokova, condenou na semana passada o assassinato do jornalista Reynaldo Paz Mayes na cidade de Comayagua, em Honduras, que ocorreu no início do mês, pedindo uma investigação detalhada sobre o caso.

Protesto de jornalistas o dia 10 de fevereiro no Rio pela morte do cinegrafista Santiago Andrade. - WILTON JUNIOR

“As autoridades devem investigar esse crime, estabelecer os seus motivos e trazer os seus responsáveis à justiça. Isso é importante para todos os membros da sociedade hondurenha que, como as pessoas de todos os lugares, requerem uma comunicação social livre, pluralista e independente para tomar decisões bem informadas”, disse Bokova.

Paz Meyes – fundador de um pequeno canal local de televisão e anfitrião de um programa de notícias – foi morto a tiros enquanto se exercitava em um complexo de esportes ao ar livre, no dia 15 de dezembro. Segundo relatos, ele já estaria recebendo ameaças de morte anônimas por um longo período de tempo.

"Ano sombrio" para jornalistas na América Latina

Dezenove jornalistas foram assassinados na América Latina em 2014, um "ano sombrio" para a imprensa na região – declarou o presidente da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), o peruano Gustavo Mohme, na terça-feira passada (23).

As mortes aconteceram no Brasil, Colômbia, El Salvador, Honduras, México, Paraguai e no Peru, afirmou Mohme. Em uma mensagem de fim de ano, ele, que dirige também o jornal La República, lamentou "a falta de segurança e os altos níveis de risco que os jornalistas enfrentam no interior dos países, especialmente onde as comunidades estão mais expostas aos corruptos e ao crime organizado"

Com informações da ONU Brasil e da AFP