Após viagem ao Brasil, Mujica pede respeito "aos que pensam diferente"

O presidente do Uruguai, José Mujica, afirmou nesta sexta-feira (2), em seu primeiro programa de rádio de 2015, que o verdadeiro e profundo liberalismo” se vê quando se respeita àquele que pensa diferente, com tolerância e sabendo que “ninguém é mais do que ninguém”.

pepe mujica - Reprodução

“Multiplicar, aprofundar e defender significa não só cultivar a nação, mas também a liberdade dentro da nação, implica na liberdade de pensar diferente, de ser diferente para continuar a lutar por aquilo que pensamos e sentimos", disse Mujica em seu discurso, publicado no site da Presidência da República.

O chefe de Estado se dedicou quase que exclusivamente para falar de convivência e ressaltou a importância do respeito mútuo. "Lembre-se do sentido republicano de que ninguém é mais que ninguém. É preciso construir a vida e a convivência da sociedade compreendendo esta realidade", disse ele.

Ao despedir-se, em seu discurso, o presidente uruguaio disse que "a vida a continua, mas nós temos a responsabilidade do progresso desta vida, porque a evolução de uma sociedade precisa de uma sucessão de mudanças inevitáveis, porque o tempo não passa inutilmente, como sempre aparecem novos casos, novos deveres e novos antagonismos".

Mujica voltou de Brasília ao lado de Tabaré Vázquez, que será seu sucessor como chefe de Governo a partir de março. Ambos participaram da posse da presidente brasileira, Dilma Rousseff. Na ocasião, o mandatário uruguaio avaliou que o destino do Brasil é importante para o Mercosul e para a América Latina.

“O Brasil precisa se dar conta dos povos que o rodeiam, porque é grande para nós. Temos que tratar de andar o mais junto que pudermos. Como podemos andar juntos? Estivemos muito tempo olhando para a Europa e para os Estados Unidos, e não para os vizinhos. Mas isso vem mudando. As dificuldades vamos vencendo. O impossível custa um pouco mais”, disse Mujica, após cerimônia no Congresso.

Da redação do Portal Vermelho,
Com informações da EFE e da Agência Brasil