Governo colombiano ratifica decisão de negociar com o ELN
O ministro do Interior, Juan Fernando Cristo, assegurou, nesta quinta-feira (8), que o governo tem a vontade e a decisão política de negociar formalmente com o ELN, um dos grupos insurgentes envolvidos no conflito armado colombiano.
Publicado 09/01/2015 09:59

Ao referir-se à resposta afirmativa do Exército de Libertação Nacional (ELN) para dialogar com representantes do executivo, Cristo opinou que é um passo na direção correta, recebido com satisfação.
Em declarações ao site digital El Espectador, o Ministro do Interior ratificou a decisão da Casa de Nariño, palácio presidencial, de terminar a fase exploratória de encontros e iniciar conversas oficiais com esse grupo guerrilheiro, surgida há 50 anos.
"Assistimos a estes diálogos para avaliar a vontade real da administração colombiana e se nesse exame concluímos que não são necessárias as armas teríamos a opção de considerar deixar de usá-las", manifestaram ontem através de um comunicado divulgado no site eln-voces.com, e nas redes sociais.
"O presidente Juan Manuel Santos tem a opção de persistir em sua política de guerra e pacificação ou atrever-se a um verdadeiro caminho de paz desejado por todos os cidadãos", sublinhou o pronunciamento do ELN.
Equipes governamentais e das Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP) -outro dos principais movimentos insurgentes- negociam em Havana desde 2012 o fim do conflito interno, que já dura mais de meio século.
Como resultado de tais gestões conseguiram acordos nos temas de reforma rural integral, participação política e drogas ilícitas, restam agora os pontos referidos a justiça transicional, fim dos confrontos, abandono das armas, desmobilização e reintegração à sociedade dos guerrilheiros.
Até o momento, as reuniões com o ELN limitaram-se a conversas exploratórias.
Líderes sociais e políticos, ativistas, defensores de direitos humanos e o próprio presidente esperam que 2015 seja o ano da paz para a nação andina, empenho que requer a convergência de todas as partes beligerantes.,
Fonte: Prensa Latina