Palestina manterá luta pacífica por sua autodeterminação
O embaixador da Palestina ante as Nações Unidas, Riyad Mansour, afirmou que esse povo árabe manterá sua luta pacífica pelo fim da ocupação israelense e o direito à autodeterminação.
Publicado 16/01/2015 09:54

Em um foro do Conselho de Segurança sobre o Oriente Médio, incluída a questão palestina, o diplomata precisou que essa postura não mudará com adversidades como a rejeição no órgão de 15 membros a um projeto de resolução para pôr prazo à retirada de Tel Aviv dos territórios ocupados desde 1967.
“Retornamos ao Conselho após este fracassar uma vez mais em suas obrigações de resolver o conflito palestino-israelense”, assinalou.
De acordo com Mansour, os palestinos seguirão indo ao Conselho de Segurança e às nações amantes da paz, para buscar que se respeitem as leis internacionais e o direito a um Estado independente, com Jerusalém Oriental como sua capital.
"Estamos determinados a perseguir por vias pacíficas, políticas, diplomáticas e legais a realização de nossos direitos inalienáveis e aspirações legítimas", sentenciou.
Nesse sentido, recordou que a Faixa de Gaza permanece bloqueada e sob os efeitos devastadores da agressão de Tel Aviv desde o verão passado, que deixou mais de dois mil mortos, entre eles 520 crianças, 11 mil feridos e enormes danos na infraestrutura socioeconômica.
“Por sua vez, Cisjordânia e Jerusalém Oriental não deixaram de ser cenário da colonização ilegal pela potência ocupante, que constrói mais assentamentos, demole moradias e altera a demografia”, denunciou.
Em relação aos trâmites palestinos para acessar convênios e acordos internacionais, o diplomata defendeu o direito soberano a empreender tais passos. “Trata-se de ações não violentas e legais face ao caminho da paz e da justiça”, afirmou.
A Palestina solicitou no início do ano seu ingresso em 16 instrumentos, entre eles a Corte Penal Internacional, órgão com sede em Haia, ante o qual apresentou uma demanda retroativa contra Israel por crimes de guerra, pela agressão a Gaza em julho e agosto passados.
Para Mansour, o centro da atenção não deve estar em criticar as medidas pacíficas palestinas, mas em pôr fim à ocupação e exigir responsabilidades pelas violações dos direitos humanos, os crimes de guerra e o desconhecimento das leis por Israel.
Fonte: Prensa Latina