Brasilienses participam da 9ª Bienal da UNE
Uma delegação brasiliense de 80 pessoas participa da 9ª Bienal da UNE, no Rio de Janeiro, que começou dia 1 e vai até o dia 6. São esperados 12 mil estudantes, de todo o país, para uma série de atividades culturais, debates, oficinas, mostras artísticas e científicas. Os brasilienses participam das mostras de teatro, audiovisuais, artes visuais e ciência e tecnologia. As atrações são gratuitas e abertas a toda a população do Rio de Janeiro, envolvendo shows e espetáculos de artistas brasileiros.
Publicado 03/02/2015 14:58 | Editado 04/03/2020 16:38

O maior festival estudantil da América Latina apresenta o tema #vozesdobrasil, um convite à reflexão sobre a língua como elemento da identidade cultural brasileira: A língua portuguesa e suas variações, os idiomas de origem negra, indígena, a relação entre a fala e a escrita e a língua em seus amplos contextos e lugares sociais. “A Bienal chega ao Rio da Academia Brasileira de Letras e da Biblioteca Nacional, o Rio da gíria poética das favelas, das invenções linguísticas do funk, do rap e do samba, o Rio das narrativas imortais de Machado de Assis e tantos outros, o Rio da língua portuguesa e também da francesa, inglesa, holandesa e de tantas outras que o visitam, o Rio que completa 450 anos com uma multiplicidade de falas e sentidos tão própria do Brasil”, destaca um trecho do manifesto da 9ª edição.
Entre os mais de 100 convidados da Bienal da UNE estão o cartunista Ziraldo, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, o publicitário Jéferson Monteiro (criador da página Dilma Bolada) e o diretor do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) João Pedro Stédile. O ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Miguel Rosseto, ouviu as reivindicações de diversos movimentos estudantis no seminário Reforma Política e Participação Popular: como Avançar a Democracia Brasileira.
Nas falas dos movimentos estudantis, os principais temas lembrados foram o financiamento público das campanhas, a participação das mulheres – “não apenas para cumprir cota dos partidos” – e de outras minorias, além da convocação de uma Constituinte exclusiva para debater a reforma política e plebiscitos populares.
A Bienal se divide em seminários sobre política e saúde, dentre outros, debates voltados ao tema desta edição, painéis sobre cultura, direitos humanos e comunicação.
Carlos Pompe, de Brasília