Crise se combate com crescimento econômico e inclusão social, diz CUT

Resolução da executiva da central, que se reuniu nesta semana em São Paulo, aponta uma tentativa de 'desestabilização da ordem democrática'.

CUT Nacional - Marize Muniz/CUT

Apesar de reconhecer que a crise atual "é uma das mais graves da nossa história recente", a CUT avalia que o cenário político e econômico fortalece setores que se opõem ao governo, interessados – com apoio da mídia – na "desestabilização da ordem democrática". 

"A crise se combate com o crescimento econômico, com a inclusão social e a diminuição das desigualdades, com o fortalecimento dos sindicatos e a democratização das políticas públicas. Direitos devem ser ampliados, nunca diminuídos", afirma a CUT referindo-se às medidas lançadas pelo governo que alteram a concessão de benefícios previdenciários e trabalhistas.

Com isso, a entidade diz reafirmar sua defesa de um modelo de desenvolvimento já exposto em uma plataforma apresentada nas últimas eleições – "e do projeto vitorioso nas urnas", acrescenta. Para a central, é momento de fazer manifestações em defesa do emprego, dos direitos sociais, da Petrobras e da reforma política.

"A CUT reafirma sua posição contrária às MPs 664 e 665 e defende uma proposta de política tributária que taxe os ricos. A Petrobras é nossa, pertence ao povo brasileiro. Jamais aceitaremos sua privatização. Seus recursos devem ser aplicados no desenvolvimento do país, em especial na educação. Corrupção se combate com Reforma Política e esta se faz através de uma Constituinte exclusiva e soberana em relação ao poder econômico, aos partidos e ao governo", enfatiza a entidade. 

A central anuncia uma "ampla mobilização de suas bases" com essas reivindicações, além de "vigilância" no Congresso para garantir a manutenção de direitos, incluindo o combate ao Projeto de Lei 4.330, sobre terceirização. No próximo dia 24, a CUT participará do lançamento da campanha em defesa da Petrobras, na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro. A marcha das centrais, prevista para o dia 26, em São Paulo, será realizada em nova data – representantes das entidades se reuniriam nesta quinta (12) para discutir o assunto.

A agenda inclui ainda um ato no Congresso Nacional em 4 de março, quando haverá lançamento do 12º Congresso Nacional da CUT (Concut), marcado para outubro, em São Paulo. No dia 13, está programado ato em várias capitais em defesa dos direitos sociais, da Petrobras e da reforma política.


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Fonte: Rede Brasil Atual