Publicado 09/03/2015 10:22 | Editado 04/03/2020 16:45
Na representação política, pode-se ter uma mostra significativa de que o poder feminino precisa ser ampliado, apesar de todos os avanços alcançados. Somos governados pela primeira vez por uma presidenta da República, mas no Congresso Nacional as distorções permanecem. Mesmo totalizando 51% da população brasileira, as mulheres ocupam apenas 9% das cadeiras na Casa. Na Assembleia Legislativa do Maranhão, o caso é parecido: apenas 6 das 42 vagas são preenchidas por mulheres, correspondendo a 14% do total.
Mesmo com este quadro de dificuldades no avanço quantitativo da representatividade feminina no espaço político, as pautas nacionais em defesa dos direitos das mulheres têm avançado sensivelmente e com reflexos na dinâmica social. Esta semana, a Câmara dos Deputados aprovou a inclusão do femicídio (assassinato de mulheres por motivações de gênero) como crime hediondo e homicídio qualificado, que para passar a valer deve apenas ser sancionado pela Presidência da República.
Na mesma semana, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) demonstrou que a incidência de mortes de mulheres dentro de suas casas sofreu redução de 10%, se comparada ao avanço dos homicídios totais no Brasil. O estudo do Ipea demonstra que a Lei Maria da Penha vai alcançando um de seus objetivos, que é reduzir a violência contra mulheres no ambiente doméstico. Mas o mesmo estudo revela também que esse número poderia ser ainda menor, caso houvesse número maior de unidades de atendimento às vítimas em locais de maior incidência deste tipo de crime.
No Maranhão, ao longo deste mês, a Secretaria de Estado da Mulher articula ações em diversas frentes para a conscientização das mulheres e a promoção de seus direitos. Ações de saude em mutirões espalhados pela capital e outros municípios, de acolhimento às mulheres vítimas de violência e de inclusão da mulher nos espaços de poder. Vale lembrar que, no nosso Governo, espaços importantes são ocupados por mulheres lutadoras, preparadas e honestas, que atuam inclusive no comando de oito secretarias estaduais, sendo responsáveis pela gestão de bilhões de reais por ano.