Alunos do IFCE criam reator para produção de biodiesel
Projeto será apresentado em feira de ciências nos Estados Unidos, em maio
Publicado 24/03/2015 11:46 | Editado 04/03/2020 16:26
Os estudantes Cicero Paulo dos Santos, Maria Jéssica da Silva e Alanna Lucena viajaram para Abu Dhabi em 2013, para apresentar o projeto sobre a reciclagem de óleo comestível usado na produção de biodiesel, glicerina e sabão em uma feira mundial. Na nova etapa desse projeto, eles desenvolveram, sob a orientação de Ricardo da Fonseca e Adolfo Átila Cabral, um reator de baixo custo para produção do biodiesel, glicerina e sabão.
Para fabricar esse reator, eles adaptaram um corote, que é um reservatório de água utilizado pelos caminhoneiros, e materiais como vassoura, polia, madeira e garrafa de plástico. O equipamento custa R$80, produz 19 litros de biodiesel e não necessita de energia elétrica para funcionar. Já o equipamento mais barato do mercado produz menos biodiesel e custa R$ 3 mil.
O projeto foi credenciado para participar da I-SWEEEP, uma importante feira de ciências voltada para estudantes do ensino médio, que ocorrerá em Houston, Texas/EUA, no período de 7 a 10 de maio.
De acordo com Ricardo, esse equipamento facilita o surgimento de uma cultura de reaproveitamento do óleo usado, reduzindo assim os impactos ambientais. "O nosso reator é o mais barato do mundo, se criarmos uma cultura de utilização desse equipamento teremos excelentes ganhos ambientais, isso pode um dia se transformar em uma política de governo, assim o produtor rural poderá fazer seu próprio biodiesel para alimentar o trator", afirma Ricardo.
Jéssica explica que tudo começou com uma pesquisa de campo nas casas e restaurantes da cidade de Juazeiro do Norte para descobrir o que era feito com o óleo usado, a equipe percebeu que o descarte na maioria das vezes era realizado de forma incorreta. Alanna conta que naquele momento eles começaram a pensar em alternativas para reciclar esse óleo. "Para desenvolver o reator pensamos em materiais fáceis de encontrar, acessíveis à maioria das pessoas", diz.
Fonte: IFCE