Jussara Cony defende reforma política para ampliar democracia
“No atual estágio da democracia brasileira, a reforma política é a principal das reformas estruturantes de que o Brasil precisa. É, portanto, a reforma-mãe”, disse a vereadora Jussara Cony (PCdoB) na sessão plenária desta segunda-feira, 21, em discurso no qual abordou a correta decisão do STF contrária ao financiamento privado de campanha em contraponto ao conservadorismo do Congresso Nacional na atual legislatura.
Publicado 21/09/2015 18:13 | Editado 04/03/2020 17:09
“Temos uma correlação de forças, especialmente na Câmara Federal, antagônica aos interesses do fortalecimento da nossa democracia e à garantia de políticas públicas que consolidem direitos do povo. Um Congresso que está de costas para os anseios da Nação é nefasto para o país”, enfatizou.
Jussara ressaltou que “a manutenção, pela Câmara Federal, do financiamento de empresas, defendido pelos mesmos que se dizem contra a corrupção – como se o financiamento privado não fosse o principal instrumento de corrupção da história do Brasil – é muita hipocrisia!”.
“Como o Parlamento não cumpriu o seu papel, o Judiciário, através do STF, se pronunciou apontando a ilegalidade do financiamento privado”, completou.
Jussara também criticou as posições adotadas pela Câmara Federal no que diz respeito aos recursos para a saúde. “À frente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha não coloca em votação o Projeto de Lei de Iniciativa Popular que garante 10% das receitas totais brutas da União para a saúde. Em contrapartida, defende 10 % das receitas líquidas e emendas parlamentares, proposta além de não resolver os gargalos financeiros do SUS, cria uma relação promíscua”.
A vereadora lembrou ainda sua participação na 7ª Conferência Estadual de Saúde, realizada neste final de semana no auditório Araújo Viana. “Aprovamos, na plenária final, propostas como o fim do financiamento de campanha como forma de reduzir os males da corrupção e a promiscuidade entre Congresso e setores econômicos diversos, inclusive aqueles ligados à saúde privada. Também reafirmamos a necessidade de se aprovar o PLPI dos 10% das receitas brutas da União para a saúde, os 25% do pré-sal para a saúde e posição contrária ao uso de emendas parlamentares para a saúde”.
Foto: Guilherme Almeida/CMPA
(PL)