Instituto Penal Feminino completa 15 anos

As ações começaram com uma roda de leitura e discussão das internas sobre o livro “Auri, a anfitriã”. Após lerem o livro, as internas receberam uma das autoras do livro, a jornalista Aline Moura. A atividade teve como objetivo reforçar o hábito da leitura entre as internas. Também foi exibido o filme “O Caminho de Volta”, da jornalista Rosane Gurgel. O documentário aborda a história de presas estrangeiras que ficaram detidas naquela unidade. A exibição contou com a presença da jornalista que realizou um debate com as internas após a sessão. A exibição do média-metragem buscou fazer com que as internas refletissem sobre os problemas gerados pelo tráfico de drogas.

Algumas ações ainda estão sendo iniciadas, como a construção de uma área de convivência para as agentes penitenciárias da unidade e a recuperação do parquinho da Creche Irmã Marta, grafitagem nas vivências, construção de uma brinquedoteca e melhorias nos alojamentos das agentes penitenciárias.

No mês do aniversário, a Sejus iniciou uma nova parceria, desta vez com a empresa de cosméticos Vita Derm. Na última semana, o titular da Sejus, Hélio Leitão, assinou convênio com o presidente da empresa, Marcelo Schulman, para a capacitação de internas do IPF em estética. A proposta contém aulas periódicas para as mulheres do sistema penitenciário cearense e são ministradas por técnicos da área de estética do ISIC/ Vita Derm. Ao todo, 40 mulheres serão capacitadas em duas turmas, que devem iniciar nos primeiros meses de 2016.

O nome da unidade

O único presídio feminino do Ceará recebeu o nome da primeira juíza a ganhar o cargo de desembargadora. Auri Moura Costa é cearense, nascida no município de Redenção em 30 de agosto de 1910. Em 1933 bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito da cidade de Recife. E em 1939, após aprovação em concurso público, ingressou na Magistratura, tendo desenvolvido suas funções como juíza em Fortaleza e outras cidades do interior. Foi nomeada desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, em 1968. Apesar de ter sido eleita presidente não assumiu o cargo, em virtude do machismo daquela época.

Auri sempre sempre se ocupou das questões que envolviam crianças, adolescentes e presidiários, chegando a publicar obras com temas ainda hoje atuais e instigantes como: adaptação do sistema penitenciário; a ciência penitenciária; o código penal; a ação social do juiz de menores, entre outros. A desembargadora faleceu em 12 de julho de 1991.

O prédio

O primeiro prédio foi inaugurado no dia 22 de agosto de 1974, na gestão do então governador Ceará César Cals de Oliveira Filho. A unidade prisional ficava localizada no centro de Fortaleza e tinha capacidade para 35 internas. Em 1990 foram ampliadas as suas vagas para 45 presas, tendo chegado a abrigar 90 mulheres.

O atual prédio localiza-se na região metropolitana de Fortaleza, no município de Aquiraz, no Ceará. Foi inaugurado em 31 de outubro de 2000, na gestão do governador Tasso Jereissati e da secretária de Justiça Sandra Dond Ferreira. Quando foi inaugurado contava com 134 vagas, mas em 2005 sua capacidade foi ampliada para 374 vagas.

Fonte: Assessoria da Sejus