Em Blumenau ex-ministro Gilberto Carvalho fala sobre ameaças do golpe
Gilberto Carvalho, ex-ministro do governo Dilma Rousseff e ex-chefe de gabinete de Lula, esteve em Santa Catarina na última sexta-feira, dia 8 de julho, para ministrar uma palestra sobre a resistência contra o golpe de estado em curso no país e a ameaça da perda de direitos dos trabalhadores, como o recente equívoco de Robson Braga, presidente da Confederação Nacional da Indústria – CNI, onde ele fala em mudar lei trabalhista e cita jornada de 80 horas.
Publicado 12/07/2016 15:44 | Editado 04/03/2020 17:13

Para Carvalho, o momento pede compreensão de que é preciso construir coletivamente a atuação na luta contra o golpe. “Precisamos falar com as pessoas, alertar o nosso povo do que está ocorrendo. Nós vamos reagir bem, as pessoas querem conversar, querem saber o que está acontecendo. Um sozinho não faz tudo, precisamos da união. Vamos acabar com esse golpe, mas temos que tirar proveito dessa crise para dar qualidade ao nosso projeto”, disse.
Sobre a natureza do golpe Carvalho diz que é fundamentalmente de orçamento. “O que nós fizemos foi colocar a maioria da população no orçamento. Injetamos recursos que foram transformando a vida das pessoas. A elite suportou o Lula, um cara que para eles parecia um subalterno porque eles também estavam ganhando. Foi assim que o Lula praticou o que ele gosta muito, onde os pobres ganharam muito e os ricos também. Quando a crise chegou, ou você recolhia os projetos sociais ou você prioriza os ricos. A Dilma não se esqueceu dos pobres e isso deixou a elite e o mercado financeiro raivoso”, explicou.
O encontro que aconteceu em Blumenau reuniu lideranças de movimentos sociais e sindicais, além de líderes de partidos políticos de esquerda. O presidente do Partido dos Trabalhadores de Santa Catarina (PT-SC), Claudio Vignatti, participou do evntoe disse que a ação e o debate de rua contra o golpe está cada dia mais vivo. "É nosso papel é disputar as ruas”, apontou. A presidenta da CUT-SC, Anna Julia Rodrigues, também participou e disse que a central não reconhece o governo golpista e não senta com ele para negociar.