“Chichico Alkmim, fotógrafo” retrata um país em transformação
Em exposição no Instituto Moreira Salles, as fotos de Francisco Augusto Alkmim (Chichico Alkmim) retratam trabalhadores ligados ao pequeno garimpo, ao comércio e à indústria e casamentos, batizados, funerais, festas populares e religiosas, paisagens e cenas de rua.
Publicado 05/02/2018 14:35 | Editado 04/03/2020 17:15

Nascido em 1886, na fazenda do Sítio, município de Bocaiuva, Chichico estabeleceu-se em Diamantina/MG, em 1912, depois de viajar por Minas Gerais vendendo joias com o pai. Ao chegar, encontrou uma cidade que já se distanciava dos dias de glória do período da exploração de diamantes e transitava entre o fim da escravidão e o início do trabalho assalariado. Ele registrou as mudanças nesse universo até 1955.
Eucanaã Ferraz, fotógrafo e curador da exposição, afirma que “Chichico é daqueles fotógrafos que parecem ter o poder de fazer vir ao primeiro plano a vida de seus modelos. E é patente a densidade existencial que se expressa no conjunto de características físicas que chamamos fisionomia, compreendida como a realização momentânea de um destino”.
A obra de Chichico Alkmim é composta por mais de cinco mil negativos em vidro e algumas dezenas de fotografias originais. Você pode ter uma ideia da beleza social e estética de seu trabalho acessando o acervo Brasiliana Fotográfica Digital, mas não pode perder a oportunidade de apreciar esse trabalho em passagem por São Paulo.
SERVIÇO:
Exposíção fotográfica “Chichico Alkmim, fotógrafo”
Instituto Moreira Salles (Avenida Paulista, 2424 – São Paulo/SP)
Terças a domingos e feriados (exceto segundas), das 10h às 20h. Às quintas, exceto feriados, das 10h às 22h. Última admissão 30 minutos antes do horário de encerramento.
Entrada franca.