Publicado 16/04/2018 16:52

Além da condenação, a PGR pede que o deputado seja obrigado a pagar R$ 400 mil por danos morais coletivos. A acusação se refere a ofensas feitas pelo parlamentar contra quilombolas, durante palestra no clube Hebraica, no Rio, no ano passado. De acordo com a denúncia, Jair Bolsonaro usou expressões de cunho discriminatório, incitando o ódio.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, avaliou a conduta de Jair Bolsonaro como “ilícita, inaceitável e severamente reprovável”.
A defesa de Jair Bolsonaro disse que a PGR “se presta a um papel de viés político. Que, em vez de agir na defesa dos interesses da nação, perde tempo e recursos do contribuinte para apurar supostos crimes que sabe não terem ocorrido”. Para a defesa, como parlamentar, “Bolsonaro tem o direito e o dever de debater temas polêmicos que afligem o povo brasileiro e seu eleitorado”.
Tal pai, tal filho
A PGR também ofereceu denúncia contra o filho de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), por supostas ameaças a uma jornalista.
No entanto, a PGR ofereceu a este parlamentar proposta de transação penal, na qual ele se comprometeria a indenizar a vítima em 40 salários mínimos e a pagar pensão mensal a uma entidade de combate à violência doméstica, além de prestar serviços à comunidade. No entanto, sua defesa alegou que “vai mostrar que nunca houve nenhum tipo de ameaça feita por ele”.