A tragédia de Bangladesh
A história da luta dos trabalhadores – e a própria história do trabalho humano – é marcada por trágicos episódios que ilustram seu rigor.
Publicado 14/05/2013 14:55
Estão aí para serem execrados os sucessivos massacres de camponeses, os assassinatos impunes de dirigentes sindicais, as condições terríveis do trabalho escravo, do trabalho inseguro e mutilante, da exploração de crianças e do tráfico de mulheres.
Aparecem como momentos alucinantes da selvageria humana e da busca desenfreada por lucros e dominação o enforcamento dos mártires de Chicago, as 154 moças mortas num incêndio da fábrica de confecções onde trabalhavam, o massacre de Eldorado dos Carajás, o assassinato de operários em Volta Redonda e agora as centenas de mortes em Bangladesh.
O movimento sindical dos trabalhadores que resiste à exploração e deseja melhorar as condições de vida do povo trabalhador reverencia as vítimas e suas memórias, mas quer, com altivez, que se eliminem as causas das tragédias ou, pelo menos, que se impeça sua repetição enojadora e banalizante.
O movimento sindical, internacionalista por natureza e humanista por conteúdo, é como um corpo vivo na realidade atual do capitalismo; uma ferida em qualquer parte dói nele todo.
E, em protesto contra as mortes das companheiras e companheiros de Bangladesh, o movimento sindical brasileiro deve continuar sua luta para que a dor não se repita, não haja mais luto, para que não se tolerem os crimes contra o trabalho humano e contra os trabalhadores.