Eu estou com Balotelli

Tudo bem, somos todos latinos e, como tal, torcemos pelos latinos. Salve o Brasil, Argentina, Colômbia, Equador, México, Chile, Uruguai e Costa Rica. Salve os que nasceram nestas quebradas do mundo, marcada pela rapina, o saque e os grilhões das grandes metrópoles e seus impérios do medo.

Mas, diante do maior evento do esporte bretão, nesta Copa do Mundo que se realiza no Brasil – que há de continuar calando coxinhas e lobos felpudos da extrema-esquerda e da mídia direitista, que, na essência, defendem as mesmas sandices – devo dizer que estou na torcida pelo sucesso do atacante italiano, de origem ganesa, Mario Balotelli.

Com seu jeitão polêmico, que geralmente passa – e muito – dos limites, não agradando aos sempre ‘bem-comportados’ donos do futebol mundial, o atual camisa 9 da Itália tornou-se uma ilha de personalidade em um meio cada vez mais controlados por empresários e assessores de comunicação.

Acontece que quanto mais Balotelli estufar as redes nos campos do país tupiniquim – e assim assegurar o êxito dos italianos (menos contra o Brasil, claro!) – estaremos diante de uma lâmina afiada contra o racismo – irmã siamesa do fascismo – tão em voga no velho mundo, na tão ‘civilizada’ Europa.

O sucesso do negão, filho de um dos países mais pobres da África, craque de bola, militante – com seus gols – na luta contra a xenofobia é mercurial para calar os recalcitrantes, filhos atemporais dos Mussolinis e Hitleres do século 21.

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