Sem oxigênio, hospitais de Manaus viram “câmaras de asfixia”
Pesquisador da Fiocruz relata que problema atinge Hospital Universitário Getulio Vargas e SPA José de Jesus Lins de Albuquerque.
Publicado 14/01/2021 14:07 | Editado 14/01/2021 15:07

Profissionais de saúde que atuam em hospitais com vítimas da Covid-19 de Manaus relatam uma situação dramática nesta quinta-feira (14). Segundo o pesquisador Jesem Oerellana, da Fiocruz-Amazônia, há vídeos e áudios em que servidores da linha de frente relatam que há falta de oxigênio em hospitais. Orellana concedeu entrevista à jornalista Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
Segundo o pesquisador, os hospitais “viraram câmaras de asfixia”. “Estão relatando efusivamente que o oxigênio acabou em instituições como o Hospital Universitário Getúlio Vargas e serviços de pronto atendimento, como o SPA José de Jesus Lins de Albuquerque”, relatou.
Orellana disse ainda que os pacientes que conseguirem sobreviver podem ficar com sequelas permanentes devido à falta de oxigênio.
O reitor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Sylvio Pugas, confirmou ao jornal a falta de oxigênio no HUGV. Segundo ele, alguns pacientes estão recebendo suporte mecânico. Há ainda previsão de transferência de pacientes para o Piauí.