“Bagunça” no cadastro do Bolsa Família gera fraude e prejuízo
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, diz que 2,5 milhões estão recebendo de forma irregular.
Publicado 10/02/2023 13:06 | Editado 12/02/2023 09:11

Em troca de votos, o ex-presidente Bolsonaro “bagunçou” o cadastro único do Bolsa Família para fazer com que pessoas recebessem irregularmente o benefício. A denúncia foi feita pelo ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.
De acordo com ele, há indícios que 2,5 milhões estão recebendo do programa de forma indevida.
Um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) mostrou que as fraudes na concessão do programa geraram um prejuízo de R$ 2,6 bilhões.
“Acreditamos que mais ou menos 2,5 milhões dos que recebem têm grandes indícios de irregularidades”, disse o ministro durante visita nesta quinta-feira (10) a uma unidade do Cozinha Solidária, projeto do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), no Distrito Federal.
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“Temos um foco de mais ou menos 10 milhões de beneficiários que estão na linha da avaliação dessa revisão do cadastro. Acreditamos que mais ou menos 2,5 milhões destes que recebem têm grandes indícios de irregularidade”, afirmou Dias.
O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) diz que o programa está passando por um “pente fino” e os cadastros serão revisados com rigor. “Vale lembrar que fraude é crime!”, disse o deputado.
“Fraudes em 2,5 milhões de casos do Bolsa Família. No governo Lula? Não! Isso é selo Bolsonaro de falcatrua”, reagiu o deputado Ivan Valente (PSOL-SP).
“A cada dia, o legado de destruição de Bolsonaro fica mais visível. O Bolsa Família era pago para 2,5 milhões de pessoas que não precisavam do benefício. O indício de fraude precisa ser apurado. O governo Lula vai garantir que o programa vá para quem realmente precisa”, afirmou a deputada Erika Kokay (PT-DF).