Putin propõe negociação de paz de forma direta com a Ucrânia
Líder russo afirmou que negociações na próxima quinta (15), na Turquia, devem ser realizadas entre Moscou e Kiev sem pré-condições. Zelensky considera ‘sinal positivo’
Publicado 11/05/2025 12:00 | Editado 11/05/2025 12:03

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, deu um passo importante rumo às negociações de paz para findar a guerra. O mandatário indicou que pretende dialogar de forma direta com os representantes da Ucrânia. A proposição foi feita no domingo (11) em comunicado veiculado pelo do Kremlin.
A proposta de Putin é para que a mesa de negociações que está marcada para 15 de maio, próxima quinta-feira, em Istambul, na Turquia, seja feita entre os países sem pré-condições.
Como retratam agências internacionais de notícias, o líder russo reafirmou o compromisso posteriormente em uma coletiva de imprensa em que tratou sobre a cerimônia do Dia da Vitória sobre os nazifascismo, que reuniu líderes como Lula e Xi Jinping.
Ele ressaltou que a proposta feita a Kiev está sobre a mesa e que os representantes ucranianos devem deixar interesses políticos de lado e atender o que pede a população. Putin ainda agradeceu ao Brasil, China, EUA e países da África e do Oriente Médio pelos esforços na proposição pelo fim da guerra.
Em postagem na rede X, Volodimir Zelenski considerou um ‘sinal positivo’ o aceno pelo fim do conflito. No entanto, condicionou a realização do debate direito entre Moscou e Kiev a um cessar-fogo a partir de segunda (12).
O pedido por um armistício de 30 dias é feito por Zelenski e líderes europeus, dentre eles o presidente da França, Emmanuel Macron, sob ameaça de ampliar sanções contra a Rússia.
Ao comentar esta pressão pelo cessar-fogo feita por outros países, Putin disse que não se pauta por ultimatos e lembrou que já realizou tréguas como na Páscoa e agora por ocasião das cerimônias dos 80 anos da vitória na Segunda Guerra Mundial. Ele ainda destacou que a Ucrânia atacou seu país com drones e mísseis durante este último período em que estava acertada a trégua de 72 horas.
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A agência de notícias russa Tass trouxe neste domingo comunicado do Ministério da Defesa do país que indica que “apesar do anúncio do cessar-fogo, as forças armadas ucranianas continuaram a conduzir operações de combate contra as tropas russas. Um total de 14.043 violações do cessar-fogo foram registradas”.
A Tass também evidenciou fala do presidente Lula para jornalistas em que afirmou que discutirá crise na Ucrânia com China e França. Após estar na Rússia, o líder brasileiro e comitiva serão recebidos por chineses em uma visita de Estado e participam do IV Fórum China-CELAC.
“Vou discutir a questão da paz com Xi Jinping, vou discutir com a França, porque a única coisa que interessa ao Brasil nesta questão é o retorno mais rápido à normalidade das relações em todo o mundo”, frisou Lula, em frase destacada pela agência sobre a necessidade da continuidade do diálogo com os que realmente buscam a luta pela paz.
*Com informações AFP e Tass