O episódio se passa em uma cidade da Inglaterra. O juiz alegou necessidade de férias e indicou para substituí-lo um cidadão acima de qualquer suspeita chamado Ângelo (=anjo). Contudo, em vez de viajar como prometera, o juiz se disfarçou de monge e se escondeu em uma paróquia da cidade. Ali recebeu penitentes que, ao se confessarem, falaram mal dele a seus ouvidos.
Por Frei Betto*
O anúncio dos resultados da Petrobras no segundo trimestre de 2019 está sendo festejado pelos gestores da empresa, pelo governo e pelo mercado. Não poderia ser diferente. Os R$ 18,8 bilhões que a Petrobras “lucrou” foram obtidos à custa da entrega do patrimônio público, projeto principal da equipe econômica do governo Bolsonaro.
Uma reportagem publicada pela Folha revela que o Itamaraty se recusou a publicar um livro do embaixador Synesio Sampaio Goes Filho por conta do prefácio da obra, escrito por Rubens Ricupero, ex-embaixador em Washington e também historiador da diplomacia –e visto como desafeto pelo atual ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Por Daniel Buarque
Estudo do Ipea mostra que acesso à internet no Brasil reproduz as desigualdades sociais. Cada vez mais, porém, serviços – inclusive públicos – direcionam o cidadão para plataformas digitais, reforçando exclusões.
Por Wagner de Alcântara Aragão*
Como lidar com o desaparecimento? Como se luta pela memória de alguém que simplesmente desapareceu após desafiar o regime militar e o Estado finge não saber do seu paradeiro? A tarde desta sexta-feira (2) na cidade do Recife foi marcada por uma homenagem a um desaparecido. Fernando Santa Cruz, militante político, sequestrado pelas forças repressoras da ditadura militar em 1974.
Por Rodrigo Barradas
Privatizar as estatais. Dar de mão beijada o patrimônio nacional. O presidente Bolsonaro nunca escondeu o viés entreguista e a real intenção do mandato. O capital acima de tudo e todos. Em apenas 200 dias, os bancos públicos puxaram a fila de venda de ativos. No total, foram R$ 16 bilhões.
Autor do voto mais contundente no julgamento em que o Supremo Tribunal Federal manteve a demarcação de terras indígenas com a Funai, o ministro Celso de Mello voltou a contrariar o governo. Em entrevista ao Estadão, ele diz que o presidente Jair Bolsonaro “minimiza perigosamente” a importância da Constituição e “degrada a autoridade do Parlamento brasileiro”, ao reeditar o trecho de uma medida provisória que foi rejeitada pelo Congresso no mesmo ano.
Nas últimas semanas, o governo do presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, enfrentou uma forte crise política deflagrada pela assinatura de uma ata diplomática com o Brasil. O documento previa mudanças na distribuição de energia da hidrelétrica de Itaipu, que é controlada pelos dois países. No texto, o governo de Abdo Benítez se comprometia a comprar maior quantidade de uma energia mais cara.
A presidente nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, participou na quinta-feira (1), de um bate-papo com o cientista político, sociólogo e pesquisador Alberto Carlos Almeida.
Quem quer que se interesse por política deveria ler o livro Forças Armadas e Política no Brasil (2005), de José Murilo de Carvalho, relançado em 2019 com textos inéditos. O autor nota que cinco das nossas sete Constituições, inclusive a atual, atribuem papel político aos militares, como se a República precisasse de uma bengala e a democracia não pudesse resolver os problemas nacionais nos seus próprios termos.
Por Fernando Haddad*
O embaixador aposentado Rubens Ricupero, crítico da política externa do governo Bolsonaro, considerou “infantilidade” o veto do chanceler Ernesto Araújo a um livro do Itamaraty por questões pessoais. Ricupero fez o prefácio da biografia de Alexandre de Gusmão, escrita pelo embaixador Synesio Sampaio Goes Filho, por encomenda da Fundação Alexandre de Gusmão, vinculada ao ministério. Em julho, ao entregar os originais, Goes Filho foi avisado de que o livro só seria publicado sem o prefácio.
Sob o governo Jair Bolsonaro, a Caixa reduziu a concessão de empréstimos para o Nordeste. É o que aponta um levantamento do Estadão/Broadcast, com base nos números do próprio banco e do sistema do Tesouro Nacional. De janeiro a julho de 2009, o banco autorizou novos empréstimos no valor de R$ 4 bilhões para governadores e prefeitos de todo o País. Para o Nordeste, foram fechadas menos de dez operações, que juntas totalizam R$ 89 milhões, ou cerca de 2,2% do total.