O ex-senador Eduardo Suplicy (PT-SP) sugeriu, nesta quinta-feira (1º), que o presidente empossado Michel Temer proponha um plebiscito para perguntar à população se ele deve exercer o cargo de presidente da República até o dia 31 de dezembro de 2018, quando terminaria o mandato de Dilma Rousseff. Em sua conta no Twitter, o ex-presidente do STF Joaquim Barbosa disse que Temer está enganado se pensa que terá o respeito e a estima da população brasileira.
Três importantes organizações de direitos humanos do Brasil – Anistia Internacional, Conectas e Artigo 19 – emitiram nota na quarta (31), condenando a violência cometida pela Polícia Militar de São Paulo contra manifestantes que, desde a última segunda-feira (29), realizam protestos contra o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff.
Após o golpe ter sido consolidado neste 31 de agosto com a aprovação do Congresso Nacional pela destituição da presidenta eleita Dilma Rousseff, as presidentas das entidades estudantis UNE, Ubes e ANPG comentaram sobre a situação futura do país. Para elas, a indignação deve aumentar a luta e a resistência as medidas de retrocesso nos direitos do povo.
O movimento Levante Popular da Juventude publicou nesta quinta-feira (1º/9) nota em solidaridade a estudante Deborah Fabri que perdeu o olho esquerdo após ser atingida por estilhaço de bomba jogado pela Polícia Militar de São Paulo em um dos protestos mais violentos desde as manifestações de junho de 2013. Na ocasião, Deborah participava da manifestação contra a destituição da presidenta Dilma Rousseff, pela democracia e pelo Fora Temer.
O Projeto Eleitoral PCdoB-2016 tem algumas marcas importantes. Ele mantém as marcas de 2012, alcançando 2300 municípios, com 12 mil candidatos a vereadores. Entretanto, no caso destas disputas majoritárias o projeto é 40% maior que o de 2012: 330 candidatos a prefeitos e 357 a vice-prefeitos.
Por Walter Sorrentino*, em seu blog
O dia em que a presidenta Dilma Rousseff foi definitivamente afastada através de um processo de impeachment fraudulento no Senado, milhares de pessoas indignadas com o golpe e contra o governo Temer, foram às ruas protestarem. As manifestações ocorreram ao longo da noite em quase todas as capitais do país, na maioria delas, houve forte repressão da polícia que usou de violência para dispersar os manifestantes.
A cassação do mandato da presidenta Dilma Rousseff, como conclusão de um processo que durou nove meses, repercutiu na imprensa alemã na quarta (31/8) e quinta-feira (1º/9). Os mais importantes jornais e revistas do país questionaram a legitimidade do impeachment, classificado-o com um processo com motivação política. A imprensa tratou Temer como "vaidoso" e "sedento de poder" e destacou que ele nunca teria a chance de ganhar uma eleição.
Caía a noite sobre a breve história da democracia no Brasil, como um manto pesado e ardiloso, neste 31 de agosto de 2016, e o Itamaraty já emitia declarações contra alguns dos nossos principais amigos e parceiros latino-americanos, que ousaram condenar o golpe desferido contra o país. O resultado do dia histórico é que estão proclamados, embora não reconhecidos, os Estados Unidos do Brasil, uma ode à "República Velha" e à “República das Bananas“.
Por Moara Crivelente, especial para o Vermelho
Em 2002, através de eleições gerais, o Brasil começou a trilhar um caminho novo de construção nacional, sumariamente chamado de desenvolvimento com inclusão social. Um partido político, originário de grandes mobilizações sindicais, e que forjara um grande líder, liderou esse processo, apoiado por quase todos os progressistas do país.
O dia 31 de agosto, numa tarde chuvosa em São Paulo, eu acompanhei o Golpe de Estado de 2016 através da TV Senado. Chamam o processo de impeachment, dizem que se respeitou as normas legais e que um crime macroeconômico aconteceu, orquestrado pela ex-presidente da República, Dilma Vana Rousseff.
Por Pedro Zambarda*, Huffpost Brasil
Na medida em que não há crime de responsabilidade pública, os procedimentos empregados para promover o impedimento pertencem à definição de golpe como trama, ardil, estratagema, manobra desleal, busca indevida de proveitos próprios e uso de palavras acintosas e injuriosas contra a presidenta Dilma.
Por Marilena Chaui*, no Le Monde Diplomatique
Na medida em que não há crime de responsabilidade pública, os procedimentos empregados para promover o impedimento pertencem à definição de golpe como trama, ardil, estratagema, manobra desleal, busca indevida de proveitos próprios e uso de palavras acintosas e injuriosas contra a presidenta Dilma.
Por Marilena Chaui*, no Le Monde Diplomatique