A guerra pelos recursos não renováveis
Em várias manifestações que aparecem diariamente na grande mídia hegemônica internacional, convocando ao engajamento “espontâneo” parcelas da população, há sempre um denominador comum.
Publicado 22/09/2011 18:03
Elas são promovidas em escala mundial e tentam esconder as verdadeiras causas das grandes lutas populares das sociedades contra a brutal crise financeira global cujas consequências estão recaindo especialmente sobre os trabalhadores, segmentos médios e aposentados, principalmente na Europa e nos EUA.
As redes sociais, por outro lado, produtos da sofisticada revolução tecnológica na informática, estão sendo divulgadas como uma nova forma de comportamento, um tipo inteiramente novo e elevado de exercício da democracia.
Na verdade elas representam, como outras inovações espetaculares na recente história da humanidade, facilitadores da comunicação entre as pessoas, como foram às suas épocas o telégrafo, o telefone, o rádio, a televisão, o satélite. Mas subordinada aos interesses do mercado, do capital internacional e ao controle estratégico, especialmente das grandes potências imperiais.
Em recente entrevista divulgada pela tevê a cabo, um especialista em inteligência norte-americana falou sobre os altos investimentos dos EUA no monitoramento e na participação do que eles consideram “a guerra da Internet”.
Já o criador do Facebook foi tido como um dos mais jovens bilionários do planeta. Assim, como disse o deputado comunista pernambucano Luciano Siqueira, nessa questão nem tanto ao mar nem tanto à terra.
Os feitos da ciência e tecnologia, frutos da criação humana, são renováveis e potencialmente infinitos. Mas os que não são renováveis são os inúmeros recursos naturais do planeta e aí o Brasil é detentor de uma extraordinária riqueza agressivamente cobiçada.
Em 1994 o ex-secretário de Estado americano Henry Kissinger declarou: “Os países industrializados (primeiro mundo) não poderão viver da maneira como existiram até hoje se não tiverem à sua disposição os recursos naturais não renováveis do planeta. Terão que montar um sistema de pressões e constrangimentos garantidores da consecução dos seus intentos”.
Kissinger, estrategista privilegiado do império, acertou. Todas as atuais agressões militares promovidas pelos EUA e “coalizão” perseguem dois objetivos: os geopolíticos e os recursos naturais não renováveis do planeta.