A nossa história

Na noite de 21 de março deste ano, uma grande e importante parte da trajetória política de nosso País retornou às páginas dos livros de História. Através de um projeto de resolução de minha autoria, 14 parlamentares do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que tiveram seus mandatos arbitrariamente cassados no governo Dutra, em 1948, tiveram seu merecido resgate histórico proporcionado pela Câmara dos Deputados.

Um passo tão importante para os personagens agraciados, a exemplo de Jorge Amado, Marighella, Maurício Grabois, Gregório Bezerra e João Amazonas, quanto para o próprio PCdoB, que completou 91 anos nesta semana, dia 25. Aniversário que se completa de cabeça erguida, na simbiose da coerência e das lutas sociais fortemente travadas.

Nosso partido é uma comunhão de militantes aguerridos, históricos e de estradas de vida com total entrelaçamento ao da luta política, ideológica e democrática do Brasil. Faço desse pensamento uma homenagem também a todos os homens, mulheres e jovens que participam e participaram de cada pegada vitoriosa do PCdoB na história brasileira. Que de suas vidas e ideias veio o esforço na construção de uma via justa para o plantio da esquerda democrática – e da liberdade –, das lutas de inclusão, de emancipação e superação das desigualdades. São homens e mulheres que têm sua história de vida confundida com a do próprio PCdoB, em dias de luz e dias de penumbra, nas comemoradas vitórias e nas perdas, nas áreas urbanas ou rurais, pensando sempre o Brasil, seu povo e solidariamente formando correntes nacionais e internacionais.

Em pouco mais de nove décadas, ainda mantemos erguidas inúmeras bandeiras de luta, orgulhosamente sustentando a defesa do socialismo. Estamos presentes nas diversas manifestações sociais e, em muitas delas, protagonizando polêmicas próprias de quem assume um lado nas batalhas. Temos clara inserção na luta por direitos dos trabalhadores, pela diversidade cultural e humana, pelo desenvolvimento soberano nacional, pela superação de todas as formas de discriminação e pela democratização estratégica da comunicação.

Cada vez mais, nossa militância fervilha por mudanças sólidas no País. São jovens, por exemplo, que enriquecem e alimentam nossos sonhos dentro das entidades estudantis e da União da Juventude Socialista. São agentes ativos do debate de ideias nos fóruns populares espalhados pelo Brasil, nas frentes institucionais com a bancada do Congresso Nacional, legislativos estaduais e municipais, prefeitos, secretários de governos, ministros nos governos Lula e Dilma, contribuindo sempre para a construção do projeto popular e democrático no Brasil.

Como um dia definiu o líder João Amazonas: “Ser comunista é servir à causa do povo”. Somos muitos nesta missão e seremos mais.

Parabéns, Partido Comunista do Brasil.

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