A nova “armação” de Bush

Como todos sabem o governo americano amarga, no momento, duas humilhantes derrotas no Afeganistão e no Iraque. As derrotas são de natureza política e militar, na medida em que restou provado que a invasão do Iraque, por exemplo, tinha como único objetivo

O Irã e a Venezuela representam a 5ª e a 6ª reserva, o que explica a pressão movida por Bush contra esses países.


 



Derrubar o governo do Afeganistão e do Iraque foi relativamente fácil. Praticamente impossível tem sido administrar esses dois países, razão pela quais os EUA buscam desesperadamente uma saída honrosa que minore as pesadas baixas que vem sofrendo. E a resistência cresce cada vez mais, evidenciando que um povo jamais será derrotado se não aceitar a derrota.


 



Assim, isolado e desmoralizado, Bush precisa ser protagonista de uma agenda que lhe tire do isolamento e desvie o foco da sua sucessão de fracassos.


 



É nesse sentido que se insere o encontro realizado na cidade americana de Annapolis, no qual “representantes” palestinos e israelenses, de legitimidade duvidosa, sentaram-se à mesa para negociar a paz, sob o patrocínio de George Bush.


 



Na verdade a “conferencia de paz”, como Bush a denominou, não passa de uma grande farsa. O objetivo real do mandatário americano, nesse encontro, é conseguir o necessário apoio político para invadir o Irã. Claro que dos 40 países que ali se reuniram, muitos efetivamente acreditam e trabalham pela paz entre esses dois povos.


 



Mas a paz só poderá ser obtida se houver respeito pela autodeterminação de cada povo e se os fóruns internacionais, dos quais são signatários, tiverem suas resoluções acatadas, o que não acontece, lamentavelmente, por parte de Israel e Estados Unidos.


 



Enquanto os deveres forem universais e os direitos privativos de uma pequena casta a paz não passará de retórica, tal qual a atual farsa de Bush.

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