A transição para o socialismo deve cuidar do meio ambiente

Esta é uma das tarefas extraídas do 12º Congresso Nacional do PCdoB. É claro que ainda se faz necessário construirmos muitos consensos, alinharmos conceitos novos com alguns já formatados e aprofundarmos mais nos estudos das questões ambientais desenvolvê-las melhor, aperfeiçoá-las, abrir a mente, como bem diz o camarada Adalberto Monteiro, para conceitos novos e plurais como o de povo.

Mas, já iniciamos um novo grande passo. O novo programa do Partido é uma grande elaboração e entre outros temas, dá um belo relevo ao tema ambiental, merecendo um olhar atento e alegre.

Tenho algumas considerações sobre o programa, mas, antes de tudo, me vejo na necessidade de fazer um agradecimento ao Comitê Central cessante pelo acompanhamento permanente ao Estado do Acre. E particularmente, agradecer ao nosso presidente Renato Rabelo que muito nos honrou e nos motivou com sua presença na Conferência Estadual, onde observou o desafio que enfrentamos na construção do socialismo na Amazônia e nos possibilitou a vivência do seu legado. Estamos de fato muito gratos aqui nos rincões amazônicos.
Passemos então ao esboço de um necessário olhar sobre o Novo Programa Socialista, aprovado no 12º Congresso do Partido em São Paulo.

O PC do B tem 87 anos de existência. Nasceu com a bandeira do socialismo e permanece firme nesta causa. No momento em que as dificuldades trouxeram desânimo geral e até as várias desistências na luta contra o capitalismo, o nosso partido soube combater na defensiva estratégica: se renovando, buscando atualizar a teoria marxista e protagonizando a construção de uma ampla e vitoriosa frente progressista comandada por Lula em 2002 e 2006.

Agora ao aprovarmos no 12º Congresso, o novo programa que, decisivamente, corresponde ao atual momento político e de correlação de forças na nossa luta pelo socialismo no Brasil iniciamos a construção de um novo caminho para o objetivo maior da nossa militância. A construção do caminho requer rumo claro! E temos esta clareza no farol socialista. Requer também vigilância para não permitir A REVISÃO DO CARÁTER DE CLASSE do nosso rumo, e, portanto do nosso partido! E está posta no novo programa esta vigilância.

O programa lança um novo Projeto Nacional de Desenvolvimento. Ousado, com visão do papel destacado de um Brasil soberano no cenário internacional.

Neste aspecto, além do necessário desenvolvimento, merece destaque a Questão Ambiental. O NPND a compreende na importância vital para o Brasil e para a humanidade, buscando consolidar a visão de um desenvolvimento sustentável.

Cada vez mais cresce a necessidade de cuidarmos do meio ambiente para não só permitir às próximas gerações o acesso a recursos naturais, mas também para definitivamente preservarmos o planeta e a própria existência da humanidade.

Quando falamos em meio ambiente, estamos tratando da natureza e também da qualidade de vida urbana nas cidades, na forma de produzir a vida material com equilíbrio e a sadia qualidade de vida para toda a população.

A preservação do planeta e dos recursos naturais é, hoje, uma preocupação mundial, uma responsabilidade de todos os Países e está intimamente ligado a uma consciência ecológica e socialista.

Mas, fundamentalmente, está claro que a Transição para o socialismo deve cuidar do Meio Ambiente em seu conceito ampliado. Ou seja, dos recursos naturais, da fauna e da flora – abordando todas as florestas e bioma brasileiros, a vida nas cidades, questões como saneamento básico, as qualidade de vida dos trabalhadores, da produção da vida material com equilíbrio e bem estar comum do povo.

Cuidar da Amazônia de maneira especial com a necessária atenção à cultura e modo de vida específica das comunidades ou como dizemos aqui, dos povos da floresta.

O NPND aborda ainda a questão da energia, pela exploração dos combustíveis fósseis, do bio-combustível, do domínio do ciclo do átomo para fins pacíficos. Também trata da questão da inclusão e da emancipação étnica e de gênero, representando um programa factível, apropriado à conservação e preservação do meio ambiente, bem como para a realização da almejada justiça social.

O caminho requer ajustes e o necessário mergulho nas questões que estão, confirmando uma das leis da dialética, interconectadas no novo programa socialista.

Mas, este programa, de fato, representa a visão avançada para a realidade da nossa luta. A preservação e a conservação ambiental estão na mesma ordem do dia da luta pelo socialismo e o socialista é um homem do planeta.

Avante Camaradas!
Nossa causa é justa e haveremos de torná-la vitoriosa.

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