A turma da bufunfa e a porta giratória no Banco Central

A transição de executivos entre instituições financeiras privadas e o comando do Banco Central.

Em complemento ao artigo e vídeo publicados na segunda-feira (14) sobre a autonomia do Banco Central, Paulo Nogueira Batista Júnior comenta a prática entre economistas de aceitar um cargo no comando do BC e em seguida retornar à iniciativa privada.

A transição sem os devidos cuidados gera uma captura do BC pelas instituições privadas, o que coloca em risco o interesse público. Uma das medidas para evitar a promiscuidade entre os setores é a quarentena, prevista no Projeto de Lei que está na Câmara dos Deputados. O problema é que são estipulados apenas seis meses de quarentena, a mesma regra vigente nas leis atuais.

O curto período gera vantagem para quem quer ingressar no serviço público com o intuito de retornar ao setor privado. Um intervalo de dois anos seria mais adequado. Além disso, é preciso fiscalizar com maior rigor e definir punições para o cumprimento da quarentena. Outra medida eficaz seria adotar um número máximo de executivos na mesa diretora do BC oriundos do mercado financeiro.

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