A universidade menos pálida e mais robusta

Mais um grande feito alcançado pelo país durante os governos Lula e Dilma foi minimizado pela grande mídia belicosa. São os grandes meios de comunicação privados que preferem apontar seus tacapes para os factóides e marcharem juntos em torno de uma agenda negativa, do que divulgar os grandes êxitos alcançados nos últimos anos. Têm seus interesses econômicos e políticos para tal.

Afora a exaltação do “Diamante Negro” do judiciário promovido pelas elites que, de uma hora para outra, começaram a adotar o discurso anti-racismo, outra notícia de grande tonalidade quase passou em branco: a proporção de negros no ensino superior aumentou 350% na última década.

Embora essa matéria merecesse título em negrito, ao menos foi divulgada por jornais do naipe de um Estadão (O Estado de São Paulo) que, com muito contragosto, se viu obrigado a relatar esse fato histórico.

De acordo com o jornal da família Mesquita, “nunca tantos pretos e pardos frequentaram o ensino superior no Brasil como em 2011, segundo a Síntese dos Indicadores Sociais (SIS) do IBGE: 35,8% dos jovens desses grupos éticos entre 18 e 24 anos que estudavam no Brasil em 2011 estavam em faculdades.” Em 2001 eram 10,2%.

Esses números vêm de encontro ao esforço patrocinado pelos movimentos sociais, afiançados pelo Governo Federal, que comprou a briga contra os setores mais reacionários que se puseram, desde o início, na linha de frente contra as políticas de ações afirmativas, dentre elas as cotas para negros e indígenas.

Mesmo sendo as cotas iniciativas de caráter especial e temporário, a oposição de direita sempre foi raivosa em se combater os efeitos perversos acumulados em virtude das discriminações ocorridas no passado (e no presente). O discurso das elites, primário e simplista, defende apenas investimentos na educação pública, ironicamente aquilo que ela nunca fez.

Acontece que na mesma semana em que esses números foram apresentados, outra notícia histórica foi anunciada, também a muito contragosto da grande mídia: a presidenta Dilma Roussef editou a medida provisória que destina 100% dos royalties futuros do petróleo para a educação. Ainda por cima, 50% do Fundo Social do pré-sal, a partir do ano que vem, será destinado para a área educacional. Ou seja, um grande esforço para se melhorar a qualidade do ensino público no país.

Estas iniciativas permitirão garantir o cumprimento do Plano Nacional de Educação (PNE), que define 10% do Produto Interno Bruto (PIB) destinados à educação. Mas mais uma vez imperou a pauta negativa da grande mídia que quase nada divulgou, preferindo colorir mais uma operação da Polícia Federal.

Outros avanços na área educacional passam distantes das primeiras páginas, merecendo, às vezes, notas de rodapé ou coisa que o valha. No período Lula/Dilma aumentou-se de 27% para 51% a proporção de jovens de 18 a 24 anos frequentado o ensino superior. Uma evolução espetacular, mesmo ainda tendo muito que se fazer, principalmente no que diz respeito à qualidade do ensino.

Em que pese a má vontade da imprensa conservadora, o povo vai percebendo a grande revolução educacional em curso no país. Em um futuro não tão distante, a continuarmos nesta marcha, não haverá necessidade de se compensar as perdas provocadas pela descriminação, pois ela começa a ser enfrentada na origem. Na atualidade, é confortante perceber que a universidade está mais corada e robustecida pelas políticas implantadas por Lula e Dilma.

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