Campo amazonense: números que encantam

No dia 21 de dezembro apresentamos o balanço sintético das realizações do ano de 2012 da Secretaria de Estado da Produção Rural (SEPROR) que tenho a honra de comandar desde 2007, com o breve interregno de 2010 quando me afastei para concorrer ao cargo de deputado federal.

Os números são exuberantes, representam um verdadeiro “presente de natal” para uma população de natureza estratégica ao processo produtivo e nem sempre valorizada adequadamente.

O Amazonas é um estado onde, em decorrência do modelo Zona Franca de Manaus (ZFM), a indústria de transformação tem um grande peso econômico. O descompromisso com o setor primário era tão evidente que a SEPROR e todos os demais órgãos ligados a secretaria foram extintos em 1995 por decisão do então governador Amazonino Mendes (PFL), assim permanecendo até 2003 quando foi recriada.

Em 2007 o peso da agropecuária no produto interno bruto (PIB) do Amazonas era de 4,38%. O volume de financiamento anual para o campo, nos últimos 10 anos, registra uma média de 25 milhões de reais, com um “pico” de 54 milhões já no ano de 2010.

Os números de 2012, ainda parciais, indicam que:

1) O PIB do setor já ultrapassa 7% do PIB total do estado;

2) O campo amazonense gera 276 mil postos de trabalho, contra 206 e 147 mil, respectivamente, do comércio e da indústria de transformação do Amazonas;

3) O volume de financiamento de todos os agentes (Agência de Fomento do Estado, Banco do Brasil e Banco da Amazônia) ultrapassará os 180 milhões de reais, com um crescimento da ordem de 620% em relação a média histórica;

4) E, o mais importante, essa avalanche de recursos não estão concentrados. Estão distribuídos em algo como 23 mil famílias ou 115 mil pessoas de base familiar;

5) Adicionalmente, dados do INPE-PRODES (o sistema de monitoramento oficial de uso do solo) indica que o Amazonas incorporou entre agosto de 2011 e agosto de 2012 algo como 64 mil novos hectares de área produtivo em bases tecnológicas.

São números de fato para comemorar, especialmente porque o setor acumula outras grandes conquistas na recuperação de vicinais, na fruticultura, na piscicultura, na construção de casas populares rural, na expansão da produção de borracha nativa através da parceria estratégica com o Conselho Nacional de Seringueiros e Populações Tradicionais (CNS), na comercialização direta entre produtores e consumidores por meio de iniciativas como o “feirão da Sepror”, na expansão do “peixe popular” que assegura a venda de 1 kg de peixe por apenas 1 Real e na consolidação da inédita produção de “bacalhau” da Amazônia a partir do processamento industrial do pirarucu em plena selva amazônica.

Os problemas existem e continuarão existindo, dentre eles a crônica limitação orçamentária. Essa limitação tem sido enfrentada na capacidade de articular parcerias e recursos, racionalizar custos operacionais e, principalmente, graças a uma equipe reduzida mais motivada, comprometida com um projeto de mudanças e que se orienta pela máxima de que não há problema sem solução.
Esse é o nosso presente de natal, lutando para que 2013 seja ainda melhor.

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