Começa o jogo: a partida continua

A opinião publicada comenta, e comenta com razão, os troca-troca partidários do fim do prazo constitucional permitido. Parece ser um festival de infidelidade, mas é, na verdade, o acerto de contas preparatório (em todos os sentidos) das disputas eleitorais de 2010.

Estamos terminando o período que denominei (copiando a cultura política européia do século passado) de “lutas de contato”, em que os contendores se estudam, se aproximam e se afastam, buscando alianças e desenhando o quadro estratégico da disputa. Depois virá o período de “lutas de ruptura” em que os campos adversários se chocarão, eleitoral e ideologicamente.

Mas, em qualquer das fases, uma coisa deve nortear o movimento sindical: a necessidade de uma plataforma unitária que oriente a disputa, de acordo com os interesses dos trabalhadores e nos oriente nela.

Um bom exemplo de iniciativa que casa interesses político-partidários legítimos e preocupações eleitorais pertinentes com a plataforma unitária do movimento sindical foi o jantar da bancada de deputados federais do PDT com a ministra Dilma e o ministro Lupi na noite de terça-feira, dia 6, em Brasília. Uma nutrida delegação sindical também presente apresentou à ministra a campanha pelas 40 horas e presenteou-a com uma camiseta. Ela se declarou favorável à discussão do tema, mas evitou assumir a correta posição do ministro Lupi que tem, incansavelmente, batalhado pelas 40 horas já.

Mais uma vez e com acerto, o deputado federal Paulinho da Força acumula o duplo papel de político prático e de dirigente sindical, com ganho em cada uma das posições e ganho para nós.

As opiniões expostas neste artigo não refletem necessariamente a opinião do Portal Vermelho
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