Diante do caos, a urgência da concertação nacional

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Foto: Reprodução

Não é mais possível esperar e tampouco ficar inerte, indeciso, diante do caos ao qual o país está submetido. Ou paramos o governo ou ele liquida de vez o país, como todos os indicadores estão a demonstrar. Infelizmente, talvez não seja prudente aguardar 2022.

O caos está expresso em escala nacional e se agigantando, daí a urgência de uma concertação nacional para pôr fim a esse governo e a esse caos, sem o que não teremos paz, harmonia, trabalho, riqueza e, principalmente, a VIDA!

O desemprego, subemprego e o desalentado atormenta quase a metade da população. A economia está em frangalhos, tanto pelo baixíssimo crescimento (mesmo antes da pandemia) quanto pela desindustrialização e o rebaixamento de nosso país ao mero papel de fornecedor de matéria prima in natura. Nosso isolamento diplomático tem criado dificuldades sanitárias e econômicas. Fenômeno que se agrava diante de uma política ambiental estúpida, predadora, que cria embaraços para nossos produtores rurais e coloca em risco o próprio clima do planeta. A ineficiência da gestão é generalizada e incapaz sequer de assegurar oxigênio para evitar mortes nos hospitais, quanto mais vacinas para imunizar a população.

O preço dessa irracionalidade é quase meio milhão de mortos. São amigos, parentes, entes queridos, de quem nunca mais poderemos desfrutar da companhia, simplesmente porque a gripezinha (como Bolsonaro chamava) que não mataria sequer mil pessoas (como sustentava um de seus asseclas) vem nos devorando com o mesmo furor que o mitológico monstro Leviatã assombrara os mares de outrora.

O meritório trabalho que a CPI da Covid, presidida e relatada pelos Senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL), tem demonstrado, de maneira inequívoca, que o caos sanitário não foi produzido apenas por incompetência, mas sim por deliberada má fé do governo, especialmente do presidente Jair Bolsonaro. Mesmo os depoimentos que tentam ajudá-lo acabam lhe incriminando, porque ninguém é suficientemente estúpido para fazer apologia, em rede nacional e diante de uma comissão de inquérito parlamentar, de práticas abertamente anticientíficas, ficando, portanto, essa “tarefa” exclusivamente para o ainda presidente Bolsonaro.

Quando o presidente se nega a comprar vacinas, incentiva aglomerações e não respeita regras sanitárias de sua própria equipe técnica, não é por estupidez ou desconhecimento. É por desprezo à vida dos mais simples, notadamente quando dar de ombros e afirma “que alguns vão morrer, e daí?”, numa clara demonstração de um neomalthusianismo tosco que advoga a redução da população de pobres por guerras (que ele tentou fazer com a Venezuela) e por epidemias (como agora ele aproveita).

Diante desses fatos é preciso reagir. Além do recrudescimento da luta popular é preciso um grande acordo, uma concertação nacional, “com supremo com tudo”, desta feita não para golpear a democracia, mas precisamente para assegurar que ela continuará existindo.

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