Dj Majay: No mundo dos BOPEs, estamos sobrevivendo…

Sábado, 27 de outubro, as 13 horas.



Saí de casa, peguei o golzinho cinza escuro e fui. Passei na São Bento encontrei a mulher que tava trampando e fomos encontrar a tal Rua Vasco Pereira, número 33, com a ajuda do guia foi mole, né!?



Cheguei 14:10, tô atrasado. Míli ano que não colava numas reuniões assim, fazia uma cara que não via uns parceiros, também vou lá pra unir as duas coisa, né? Ver o filme e reencontrar os parceiros que faz uma cara.


 


Um tempo dedicado ao grupo, produzindo CD, correndo atrás de cópias, produção, de lançamento, enfim…, faz dois anos que o grupo acabou e eu to voltando de outra forma: Vendo o movimento, bom cheguei na parada logo na porta um parceiro de mili, mili ano.
– Acho que nem vai lembrar Simone, vamos parar ali na porta.



A Simone cumprimenta, ai eu chego na mô humilde.
– Ei irmão coloca no estacionamento da igreja?!
– Ei perai eu ti conheço? Puta mano! Mili ano, como cê ta?
– To firmeza Buiu, mô cara hein?
– Pode crê, muita idéia.
– Vamo entrar que ta começando.


 


Chego com o Buiu. Chega uma rapaziada que não conheço, mas humildade total é isso memo. Ficar um pouco longe a gente acha que mudou um pouco as coisas né? Mas ta todo mundo humildão, Chega o Toni cumprimenta, o Buiú, eu a Simone, Aliado G também, firmeza! Antes de começar uma pipoca um suco, da hora o esquema, simples mas muito loko. Nuno Mendes chama o Toni pra abrir a sessão, algumas palavras de improviso, liga o Sergio Vaz que ele sabe como iniciar o filme. No palco o Sergio como sempre loko nas idéias abre a sessão, começa o filme, a sala não para de encher. Detalhe, tudo na faixa.


 


Tem uns caras de mili ano que não deu pra chegar na idéia, o filme tava muito bom!
– Mas vc vai levar o DVD?
– Eu sei Simone mas é loko na tela né!


 


Nego Vandu, DBS…, outra mão vou colar pra ver se lembra e tal, 180 min só sai pra beber uma água rapidão e já voltei pro lugar. Muita idéia no filme, uma pá de coisa que eu não sabia, contradições, uns caras sem condição nenhuma fazendo o bagulho acontecer.


 


Caramba tio! Loko hein! Uma par de cara que fez parte do filme foi lá ver, da hora, Manuela Dávila, Paulo Brown, Adonias, entre outros, uma rapa que fez parte tava lá.


 


3 horas e alguns minutos, acaba o filme. Foi aplaudido de pé por todos que estavam no salão da igreja que abriu o espaço, já que o teatro municipal e Ólido se recusaram a projetar o filme, que tem apoio do governo federal como Ponto de Cultura. Foi a igreja que abriu as portas pra passar independente de religião logo procurei o Toni e fiz questão de cumprimenta-lo:
-Ai Toni da Hora memo ficou muito bom!
-É isso mesmo, valeu.
-Então recebo o Hip-Hop a Lápis no e-mail, se precisar de alguma ajuda to ai também…
– Firmeza irmão, manda critica pra nois, sugestão… É Tudo Nosso!
– Firmeza Toni, vou correr.
– E ai Paulo Brown?
– Opá e ai tudo bem? Firmeza?
– Firmeza!
– No mundo dos BOPEs, estamos sobrevivendo…
– Pode crê Paulo.
– Falo Buiú, depois te ligo pra gente trocar umas idéias ai, deixei os moleques em casa.
– Firmeza Marcio, liga ai.
 


– Abraços Toni C.



 
Dj Majay – DJ, sobrevivente da zona oeste.

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