Dois livros importantes

 Há dois livros que merecem ser lidos e estudados por todos aqueles que se interessam pela luta dos trabalhadores e pelo movimento sindical.

São edições recentes (ano 2009) produzidas pelas próprias instituições e distribuídas gratuitamente aos interessados.

O primeiro deles é da OIT (www.oitbrasil.org.br) “Duração do trabalho em todo o mundo – Tendências de jornadas de trabalho, legislações e políticas numa perspectiva global comparada” (232 páginas mais índices), elaborado por três técnicos da instituição, Sangheon Lee, Deirdre McCann e Jon C. Messenger, em sete anos de trabalho. Em seu prefácio destaca-se que os estudos sistemáticos sobre as jornadas de trabalho, tanto nos países industrializados como nos países em desenvolvimento, são “surpreendentemente raros”, o que valoriza ainda mais a edição brasileira quando o movimento sindical luta para conseguir a redução constitucional da jornada.

O segundo, de responsabilidade do DIEESE (www.dieese.org.br), parcialmente financiado pela Fundação Ford e apresentado pelas seis centrais sindicais – CGTB, CTB, CUT, Força Sindical, NCST e UGT – é o “Salário Mínimo – Instrumento de Combate à Desigualdade” (252 páginas), que tem como objetivo tratar – de maneira abrangente – as diferentes dimensões que o salário mínimo assume no debate que se desenvolve na sociedade brasileira (destaco, por exemplo, o importante capítulo 11 – Salário Mínimo e os Pisos Estaduais – fonte essencial para o estudo e a divulgação do tema).

O livro da OIT é arma para a luta em curso pela redução da jornada sem redução de salário.

O livro do DIEESE valoriza a vitória do movimento sindical e dos trabalhadores ao garantir, junto com o governo federal, uma política permanente de valorização do salário mínimo, “uma das mais bem sucedidas experiências de ação unitária das Centrais nos últimos anos”.

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