Gigante pela própria natureza

A recente descoberta do mega poço de petróleo de Tupi, na bacia de Santos, fez com que a frase título desta coluna deixasse de ser apenas uma bela estrofe de nosso hino nacional para se firmar como uma verdade absoluta.

A nova reserva tem em torno de oito bilhões de barris e um valor estimado de 800 bilhões de dólares, a preço de hoje. Coloca o Brasil entre os dez maiores produtores de petróleo do mundo. Não é pouca coisa, na medida em que este feito não apenas consolida a nossa auto-suficiência em petróleo como nos transforma num país exportador desta matéria prima.


 



A responsável por esta façanha foi a estatal Petrobras. Uma empresa que no governo FHC era chamada de “petrossaura” e aqui no Amazonas foi proibida, pelo ex-governador, de participar da licitação para o transporte do gás de Urucu até Manaus.


 


Só não foi privatizada por preço aviltado, como de resto ocorreu com as demais empresas estatais, porque a pressão popular não permitiu que mais este crime fosse cometido contra o patrimônio nacional.


 



Mas esta extraordinária descoberta, que nos orgulha como patriota, valoriza o nosso patrimônio e reafirma a nossa supremacia tecnológica na área de exploração de petróleo em águas profundas, nos coloca diante de um novo tipo de pressão internacional: a luta pelo controle das reservas de petróleo do mundo, especialmente por parte dos Estados Unidos.


 



Atualmente, os maiores produtores de petróleo são a Arábia Saudita, Iraque, Emirados Árabes, Kuwait, Irã, Venezuela, Federação Russa, Estados Unidos, Líbia e Nigéria. Como é fácil perceber os EUA têm o controle da maioria dessas reservas. E não tem qualquer pudor de invadir um país soberano, como fizeram com o Iraque, para assegurar esse controle. As provocações atualmente feitas contra o Irã e a Venezuela se situam dentro dessa lógica expansionista americana.


 



O Brasil, portanto, ao ingressar neste seleto grupo de países produtores e exportadores de petróleo precisa não apenas ter presente este cenário, mas se preparar para reagir adequadamente a qualquer provocação.

As opiniões expostas neste artigo não refletem necessariamente a opinião do Portal Vermelho
Autor